Renda Acessível: 8 edifícios da Segurança Social vão estar prontos em 2020
A Câmara de Lisboa prevê que oito dos onze edifícios da Segurança Social, entretanto adquiridos pela autarquia, estejam concluídos para renda acessível até ao próximo ano, avançou ontem a vereadora da Habitação.
A informação foi prestada por Paula Marques (independente, eleita pelo PS) durante uma visita ao edifício da Avenida da República, número 102, cujas obras arrancaram esta semana.
“Este edifício, que está a ser intervencionado, tem sete andares, um total de 21 fogos e concentram-se T2 e T3”, explicou a autarca, acrescentando que será o primeiro a estar pronto.
Já o edifício contíguo a este vai concentrar fogos de tipologias T1 e T2 e será “inteiramente demolido e reconstruido de novo, mantendo a fachada”.
Já "o do Campo Grande [número 6] concentrará tipologias mais altas que estes dois”, acrescentou.
“No mesmo conjunto não temos a diversidade absoluta dentro de cada edifício, mas num conjunto muito próximo temos a diversidade de tipologias, desde o T1 ao T4”, referiu ainda Paula Marques.
A autarquia lisboeta, liderada por Fernando Medina (PS), aprovou em 18 de Julho, em reunião privada do executivo, a aquisição dos 11 prédios da Segurança Social que serão convertidos em habitação acessível, no valor de 57,2 milhões de euros.
Aos jornalistas, Paula Marques afirmou que o programa de habitação do Estado 1.º Direito vai comparticipar 40% da aquisição dos 11 edifícios a fundo perdido.
Família não poderá despender mais que 30% do seu salário líquido na renda
Em causa está o designado programa de reconversão de edifícios da segurança social (PRESS), decorrente da concentração dos serviços da Segurança Social num único edifício, na Avenida 5 de Outubro, e a reconversão pela Câmara da capital dos 11 edifícios vagos em habitação para arrendamento acessível e residências universitárias, “todos eles localizados em zonas centrais da cidade”.
No total, este programa deverá disponibilizar 250 apartamentos para famílias da classe média e 226 quartos para estudantes universitários.
Até ao final do ano, a câmara prevê adjudicar as obras dos edifícios que faltam e lançar a operação da residência de estudantes, a mais complexa e morosa.
De acordo com a câmara, no Programa de Renda Acessível do município o valor de um T0 varia entre 150 e 400 euros, o preço de um T1 situa-se entre 150 e 500 euros e um T2 terá um preço que pode ir dos 150 aos 600 euros, enquanto as tipologias superiores contarão com uma renda mínima de 200 euros e máxima de 800.
Na altura, o presidente da autarquia afirmou que “os preços estão definidos de forma a que cada pessoa e que cada família gaste no máximo 30% do seu salário líquido na renda”, acrescentando que a taxa de esforço é reduzida em “dois pontos percentuais por cada filho” dependente.
Lusa/DI