Centro Histórico do Porto concentra 70% do Alojamento Local
O segmento do turismo tem tido crescimentos nos últimos anos, nomeadamente na cidade do Porto, em que cada vez mais há pessoas a adoptar o Alojamento Local (AL) e a converter imóveis como um modo de ter uma fonte de rendimento alternativa. De acordo com o portal do Alojamento Local, entre Janeiro e Junho, foi registado um acréscimo de novos alojamentos que corresponderam a um crescimento de 189% face ao mesmo período em 2017.
O Porto (concelho) corresponde à segunda localização com mais registos no RNAL, ou seja, cerca de 6500 registos de AL. Contudo, o número na realidade deverá ser maior, porque os anúncios nas plataformas electrónicas assim o demonstram.
A zona que corresponde à Baixa do Porto (centro histórico) tem cerca de 70% do total de registos de AL. Neste segmento imobiliário do AL, os imóveis correspondem a apartamentos, moradias e hostels, sendo que na sua maioria (80%) são fracções/apartamentos convertidos para a actividade turística.
Este mercado está cada vez mais activo e tal facto deve-se sobretudo às plataformas existentes como o Airbnb ou Booking, que permitem uma promoção e divulgação fácil dos alojamentos. Por outro lado, o Porto possui inúmeros factores de atractividade turística, bem como as carreiras de voos de companhias low-cost para o aeroporto Francisco Sá Carneiro. Outro fator que confirma um mercado activo e dinâmico é o surgimento de cada vez mais empresas especializadas na gestão de apartamentos e unidades de AL, que tratam de toda a operação de reserva, check-in, limpeza, check-out, promoção e divulgação, por sua vez cobram uma comissão aos proprietários das fracções ou pagam uma renda fixa ao proprietário e assumem o risco da operação.
As taxas de ocupação médias anuais na cidade do Porto deverão actualmente rondar os 65%, sendo o período entre Outubro e Abril a época baixa, no restante período do ano as taxas de ocupação são próximas dos 90%.
Elisabete Soares/VE