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Alfândega da Fé aposta no repovoamento dos centros urbanos com habitação social

 

Alfândega da Fé aposta no repovoamento dos centros urbanos com habitação social

 

Alfândega da Fé aposta no repovoamento dos centros urbanos com habitação social

 

Alfândega da Fé aposta no repovoamento dos centros urbanos com habitação social

14 de abril de 2021

O município de Alfândega da Fé, no distrito de Bragança, vai investir três milhões de euros na aquisição e recuperação de imóveis degradados para realojar famílias carenciadas e repovoar os centros da vila e de algumas aldeias.

Segundo o presidente da Câmara, Eduardo Tavares (PS), trata-se de uma vertente da Estratégia Local de Habitação com financiamento assegurado no âmbito do programa nacional “1.º direito” e cujo acordo com o Governo foi homologado esta terça-feira.

Esta vertente, segundo o autarca, destina-se a criar habitação para as 40 famílias identificadas no concelho transmontano que não têm casa própria e vivem sem condições de habitabilidade e, ao invés de construir bairros sociais, o município optou por recuperar imóveis abandonados.

 

Dar vida às aldeias

O autarca referiu que o município vai adquirir imóveis, tanto na vila sede de concelho como em algumas aldeias, para recuperar e instalar as famílias necessitadas, através do arrendamento social.

A intenção é recuperar três imóveis municipais e a câmara adquirir imóveis a privados a preços tabelados pelo Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU).

Desta forma, Eduardo Tavares está convencido que será possível resolver os problemas de falta de habitação condigna e o despovoamento e envelhecimento que afeta os centros urbanos, onde vive cada vez menos gente.

Esta vertente leva a maior fatia financeira dos cinco milhões necessários para a Estratégia Local de Habitação de Alfândega da Fé, com os três milhões de euros destinados ao arrendamento social assegurados pelo acordo homologado na terça-feira.

A outra vertente, com uma estimativa de investimento de cerca de dois milhões de euros destina-se a apoiar proprietários de habitações a necessitarem de melhoria da habitabilidade, e a Câmara de Alfândega da Fé identificou 100 casos nesta categoria.

 

140 famílias identificadas a necessitarem de habitação condigna

Estes processos, segundo o presidente, decorrem de forma diferente, com os proprietários a candidatarem-se directamente aos apoios disponibilizados pelo IHRU, apoiados na parte logística pela autarquia.

Eduardo Tavares adiantou à Lusa que “já foram submetidas cerca de 30 candidaturas” entre os 100 casos identificados.

Ao todo, a Câmara de Alfândega da Fé identificou 140 famílias a necessitarem de apoio no concelho, que representam cerca de 500 pessoas, mais de 10% da população do concelho.

Estes são os números globais da Estratégia Local de Habitação, com um investimento estimado de cinco milhões de euros, e que está pronta há dois anos.

O presidente da Câmara lembrou que o concelho transmontano “foi dos primeiros a nível nacional a apresentar a estratégia local” e considerou “fundamental a implementação deste programa em territórios rurais e despovoados, onde, para além da antiguidade e do mau estado de algumas habitações, se juntam as condições climatéricas extremas” dos “nove meses de inverno e três de inferno” no Nordeste Transmontano.

No levantamento feito no concelho, “foram identificadas 140 situações habitacionais que reuniam os requisitos necessários para poderem a aderir ao programa “1.º Direito” e que “representam 3,7% do total de habitações do concelho”.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), em 2017 o concelho de Alfândega da Fé tinha 3.692 habitações.

Lusa/DI