Selina: Do Panamá veio para Portugal há menos de um ano e já investiu 75 milhões de euros
Depois do Panamá, a startup Selina chegou a Portugal o ano passado e já investiu 75 milhões de euros em quatro unidades turísticas. Mas não quer ficar por aqui, João Serras, Head of Business Development da Selina, avança ao Diário Imobiliário que neste momento já estão a olhar para locais como o Algarve, Sintra, Ericeira, Peniche, Gerês, Coimbra e Açores.
O nosso país foi o primeiro da expansão da marca na Europa, trazendo consigo um conceito diferente de hotelaria, combinando quartos privados e partilhados com instalações de coworking, ofertas de food and beverage, wellness, retalho e experiências locais, construindo uma base para as categorias “digital nomad” e “remote work” que se encontram em rápido crescimento.
Para João Serras o que os diferencia “é a preocupação com a experiência local, a programação cultural e a vida vivida como alguém que sempre viveu em cada um destes destinos. Esta preocupação não se resume ao espaço Selina mas estende-se também à forma como a cidade é experienciada”.
As potencialidades do nosso país são muitas na opinião do responsável: “Diversificação, tamanho, clima e preços. A Selina como arrancou na América Latina é uma marca que tem unidades em áreas urbanas e unidade de praia mais ligadas ao surf e dentro da Europa Portugal e um dos pais mais fáceis para replicar isso”.
Além das unidades a funcionar em Lisboa, Porto, Ericeira e Vila Nova de Mil Fontes. Em desenvolvimento temos mais seis projetos que vão abrir até ao início de 2020.
João Serras admite que Portugal foi um dos pais escolhidos dentro da primeira fase da expansão devido aos números de turismo que actualmente apresenta.
“Portugal é uma país fantástico e estamos aqui um pouco escondidos da Europa e do mundo e cada vez estamos mais no radar. Em relação ao sector Imobiliário este vive ciclos e neste momento estamos em alta mas não é isso que nos vai impedir de continuar a investir”, salienta.
46 unidades hoteleiras em todo o mundo
O responsável da Selina acrescenta ainda que comparando com o resto da Europa, “sendo que os países onde estamos presentes neste momento são: Reino Unido, Alemanha, Polónia e Grécia. Portugal e a Grécia tem sido os mercados mais dinâmicos na nossa expansão”.
Quanto às maiores dificuldades que um investidor estrangeiro encontra em Portugal, João Serras revela que é a abertura de contas bancárias, “é o que tem demorado mais”.
Lançada em 2015, a marca Selina expandiu-se rapidamente em todo o mundo e actualmente opera 46 unidades em 13 países, com mais de 22.000 camas. A empresa indica que 2019 será um ano recorde para a Selina que abrirá mais 35 propriedades nos EUA, Reino Unido, Alemanha, Portugal, Grécia, Israel, Argentina, Brasil e México, em conjunto com a expansão para novos mercados europeus e latino-americanos e uma entrada na Ásia até 2020.