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Aumento da procura por portugueses de imobiliário turístico residencial não chega

20 de outubro de 2020

Rentrée 2020: Pedro Fontainhas, Director Executivo da Associação Portuguesa de Resorts - APR, revela que o aumento da procura por portugueses de imobiliário turístico residencial poderá atenuar a quebra dos mercados internacionais mas não chega.

O responsável admite que para fazer frente a este momento difícil que se vive com a pandemia da Covid-19, é ajudar os empresários com uma  legislação laboral, de alívio fiscal, de bom senso e eficiência burocrática.

Num ano atípico o que podemos esperar do mercado imobiliário na Rentrée?

Passados quatro meses desde o início do confinamento, todos estamos conscientes que vivemos o início de um duradouro novo normal, e não apenas um momento passageiro após o que tudo voltará ao que era. As casas passaram a estar no centro de todos os minutos das nossas vidas e com esta nova realidade estão a surgir novos requisitos de habitação. Às exigências de eficiência energética, segurança e proteção do investimento juntam-se as de áreas mais amplas de habitação, trabalho e lazer, varandas e jardins, e zonas de baixa densidade populacional. Procuram-se casas de qualidade, polivalentes, fora dos centros urbanos, e com condições para trabalhar e viver em segurança. Estas são características fundamentais da oferta nacional de turismo residencial, que muitos portugueses estão agora a descobrir e a apreciar.

Quais os desafios que o sector tem pela frente?

O turismo residencial reúne dois dos setores de que mais depende a economia portuguesa, o turismo e o imobiliário. Estes sectores têm estado entre os principais motores da economia portuguesa ao longo dos anos e contribuíram decisivamente para Portugal recuperar da crise económica de 2008. O Turismo representa 14,6% do PIB e 9% do emprego, representando o imobiliário 12% do PIB nacional. São indústrias que importa proteger empenhadamente e com realismo pois pode estar em causa a sua capacidade de ajudar eficazmente o país quando delas mais necessitar. Por isso, o desafio que os empresários enfrentam e assumem é preservar em total estado de prontidão as suas estruturas logísticas e humanas. Mas precisam de ajuda da legislação laboral, de alívio fiscal, de bom senso e eficiência burocrática, como temos repetidamente vindo a propor.

Quais as previsões para o mercado até ao final do ano?

O aumento da procura por portugueses de imobiliário turístico residencial poderá atenuar, nalguma medida, a quebra dos mercados internacionais. Mas não chegará para evitar que este ano fique muitíssimo abaixo de qualquer expetativa que pudesse ter havido.