Logo Diário Imobiliário
CONSTRUÍMOS
NOTÍCIA
JPS Group 2024Porta da Frente
Entrevistas
Arquitectura tem de se afirmar na sua vertente cultural

 

Arquitectura tem de se afirmar na sua vertente cultural

 

Arquitectura tem de se afirmar na sua vertente cultural

 

Arquitectura tem de se afirmar na sua vertente cultural

 

Arquitectura tem de se afirmar na sua vertente cultural

 

Arquitectura tem de se afirmar na sua vertente cultural

 

Arquitectura tem de se afirmar na sua vertente cultural

 

Arquitectura tem de se afirmar na sua vertente cultural

 

Arquitectura tem de se afirmar na sua vertente cultural

14 de junho de 2016

No próximo dia 29 de Junho assiste-se à inauguração do MAAT – Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia, junto ao rio Tejo, na cidade de Lisboa. Fica junto ao Museu da electricidade e trata-se também de um projecto da Fundação EDP.

O projecto é da autoria da arquiteta britânica Amanda Levete e o arquitecto Pedro Gadanho é o director do futuro Museu. Gadanho exerceu durante os últimos anos o cargo de curador de arquitectura contemporânea do Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova Iorque.

O edifício terá quase três mil metros quadrados para exposições e eventos. Contará ainda com um restaurante com vista para a Ponte 25 de Abril, e será possível andar por cima do edifício. A escadaria exterior descerá até ao Tejo, criando um grande espaço público.

Uma obra que antes de abrir já está a suscitar a curiosidade e interesse de todos os portugueses e não só. O projecto arquitectónico é arrojado e o desenho muito futurista. A maioria rende-se à imponência e espectacularidade do novo Museu mas existem algumas vozes que discordam e tecem críticas ao posicionamento da obra na cidade.

O Diário Imobiliário entrevistou Pedro Gadanho, o director do MAAT – Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia, que considera o local óptimo, permitindo o desfrute do Tejo.

Como vê a inauguração deste museu em Lisboa? tem sido o esperado?

Penso que o interesse gerado quer a nível nacional, quer internacional, está a superar todas as minhas expectativas.

Existe uma corrente que admira a obra arquitectónica mas existe também outra que condena o local, qual a sua opinião?

Porque se havia de condenar o local? O local é óptimo, vai permitir um espantoso usufruto do rio, e mais vale que a intervenção seja feita com arquitectura que convida ao espanto e ao usufruto, do que com edifícios de má qualidade. Numa area de lazer como esta são necessários equipamentos urbanos e mais vale que estes sejam qualificados.

De que forma este museu vai pensar a arquitectura?

A arquitectura, como o desenvolvimento urbano ou os impactos da tecnologia nas nossas vidas, vão fornecer o contexto de trabalho e o critério para se mostrar arte contemporânea que apresenta reflexões críticas sobre a contemporaneidade. Mas as ideias dos arquitectos também vão surgir a ombrear com essas propostas artísticas como sendo capazes de oferecer uma outra visão da realidade, e não apenas uma estreita resposta funcional a problemas muito estreitos.

O que pensa implementar de novo e inovador neste projecto? Que actividades e exposições estão previstas?

Penso que a anterior resposta explica exactamente o que será inovador neste museu: a perspectiva crítica, mais que a mera contemplação estética; a exploração do momento presente e a antecipação do futuro, mais que uma postura estritamente relacionada com os ditames da história da arte.

A arquitectura é um tema cada vez mais teórico?

Não necessariamente. No entanto, ao mesmo tempo que, em grande parte, cada vez se torna mais num mero serviço técnico, mais tem de se afirmar a sua vertente cultural e a sua capacidade para afirmar um discurso crítico que representa um património futuro.