Criação do novo Ministério da Habitação agrada os mediadores imobiliários - APEMIP
A APEMIP - Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal recebeu o anúncio da criação do novo Ministério da Habitação com o maior agrado e as melhores expectativas, uma vez que a habitação sendo caracterizada por total transversalidade à nossa sociedade, tem actualmente enormes desafios em diversas e distintas frentes.
“A dificuldade no acesso à habitação é de um assunto da maior relevância na vida de muitos portugueses e que atinge, cada vez mais, importantes sectores da população, nomeadamente a população jovem e franjas muito alargadas da classe média”, afirma Paulo Caiado, presidente da APEMIP, que adianta:
“Segundo números recentes existem actualmente 50 mil famílias a necessitarem de uma habitação condigna; existem 2,7 mil milhões de euros do PRR para serem aplicados em habitação; existe um prazo muito curto para a sua aplicação; e, existe, simultaneamente a tarefa gigante de superar a escassez de mão de obra, contratualizar com a de incerteza do comportamento da inflação, agilizar os procedimentos do licenciamento urbano e aplicar as medidas construtivas no âmbito dos objetivos traçados de emissão 0 em 2050. A habitação, é responsável por cerca de 37% das emissões de CO2 à escala mundial”.
Estas e tantas outras razões justificam a criação do novo Ministério, refere o dirigente associativo, acrescentando que a nova ministra conhece bem o sector e os seus estrangulamentos, “o maior dos quais — sublinha — é a contínua morosidade na aprovação dos processos de licenciamento de projectos que, na generalidade dos casos, têm que esperar dois ou mais anos para verem reunidas todas as aprovações e pareceres da multiplicidade de instituições envolvidas”.