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Lisboa

Clientes norte-americanos representam 71% das vendas da Athena Advisers em Portugal

12 de outubro de 2022

De 2021 para este ano as vendas da consultora para nacionais dos EUA cresceram mais de 40%, com 43% das casas a serem fechadas por um valor superior a um milhão de euros. A crescente valorização do dólar face ao euro está a intensificar a procura de casas por parte destes compradores, à medida que o preço do imobiliário português fica ainda mais apelativo.

A atractividade de Portugal para os norte-americanos está em alta e o crescente número de famílias e cidadãos nacionais dos EUA que escolhem o nosso país para viver está a fazer aumentar a procura por casa em território nacional, nomeadamente na região de Lisboa.

As vendas da Athena Advisers refletem precisamente esta tendência e no final de 2021 estes compradores representaram 30% das transações realizadas pela consultora. O ano de 2022 ainda não terminou e a percentagem de vendas efetuadas para clientes desta nacionalidade subiu para os 71%, com a particularidade de que 100% das transações concretizadas têm como objetivo a relocalização.

De acordo com os registos da consultora, em 2021, 36% das unidades vendidas a compradores dos EUA foram fechadas por um preço superior a um milhão de euros ao passo que este ano 43% das propriedades transacionadas superaram esse valor. Estes dados “poderão refletir o aumento do preço das casas, mas sobretudo revelam uma predisposição destes investidores para adquirir imóveis de valor cada vez mais elevado, já que têm budgets que facilmente chegam aos 5 milhões de euros”, refere David Moura-George, diretor geral da Athena Advisers Portugal. Isto porque, explica, “os clientes norte-americanos procuram essencialmente propriedades familiares de grandes dimensões, de tipologia T4 e T5, casas modernas, com amplitude, tetos altos, com zonas exteriores espaçosas e equipadas com domótica, ou seja, um nicho de mercado com uma oferta extremamente reduzida em Lisboa”.

Ainda assim, os norte-americanos foram, entre os compradores estrangeiros, os que mais investiram em imobiliário em Portugal no primeiro trimestre deste ano (25,1 milhões de euros), triplicando o valor face ao mesmo período de 2021, de acordo com o SEF, cujos dados revelam ainda que o número de nacionais dos EUA a residir no nosso país ascendia a cerca de 7.000 no final de 2021, tendo triplicado no espaço de uma década.

O estilo de vida e a boa relação qualidade-custo que o nosso país oferece são alguns dos atrativos já bem conhecidos para os estrangeiros, mas para os investidores americanos existe agora um motivo acrescido que tem influenciado as vendas de forma significativa para estes compradores. A atual relação entre o euro e dólar está a assumir-se como uma excelente oportunidade para estes compradores, uma vez que torna o preço do imobiliário português ainda mais acessível.

“A primeira reação é encarar este fenómeno, que acontece pela primeira vez em vinte anos, como negativo devido à desvalorização do euro face ao dólar”, nota David Moura-George. “Porém, no contexto atual de crescente interesse dos norte-americanos pela aquisição de casa em Portugal, devemos entendê-lo também como um estímulo ao investimento destes compradores no nosso país, que por este motivo têm vindo a intensificar a procura por produtos nacionais, já que essa relação entre moedas lhes confere maior poder de compra no nosso país”, nota David Moura-George.


Palacete Benformoso


É o caso, por exemplo, do Palacete Benformoso que a Athena Advisers está a vender na zona do Intendente pelo valor de 2,7 milhões de euros e que reúne características que correspondem ao perfil de procura que a consultora observa nos clientes americanos: central, 985 m² de área total, sete quartos, várias áreas sociais, terraços, pátio e um elevado potencial de renovação e de criação de mais divisões. Se este imóvel tivesse sido adquirido no início de fevereiro, o comprador teria desembolsado 3.092,580 dólares, mas se fosse adquirido à data de hoje (12 de outubro) pagaria 2.621,803 dólares, uma baixa na ordem dos 15%.