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Sofia Dias, engenheira civil e franchisada da marca Querido Mudei a Casa Obras

Cada vez mais mulheres trabalham no sector das obras

6 de outubro de 2022

Num sector historicamente masculino, crescente profissionalização tem atraído cada vez mais mulheres. Na rede Melom/Querido Mudei a Casa Obras 14% das empresas já são geridas por mulheres.

De facto, a rede de franchising Melom e Querido Mudei a Casa Obras (QMACO) registou um aumento significativo de mulheres no sector. Actualmente são já 14% as unidades geridas por mulheres, na faixa etária entre os 35 e os 50 anos. Os dois maiores centros urbanos (Lisboa e Porto) concentram a totalidade das mulheres franchisadas da rede.

À data da fundação da MELOM (2010), este era um sector exclusivamente masculino, com um estereótipo do homem empreiteiro bastante enraizado. Este cenário tem vindo a alterar-se ao longo da última década, à medida que o setor vai-se profissionalizando cada vez mais.

Praticamente todas as mulheres que lideram unidades Melom/Querido Mudei a Casa Obras provêm das áreas de arquitetura ou engenharia, embora mais recentemente se registem profissionais com formação de gestão.

Para João Carvalho, cofundador da Melom, “este crescimento encerra benefícios subjectivos e objectivos. Os subjetivos são comuns a todas as dimensões da sociedade, nos quais o talento e a competência devem prevalecer a ideias preconcebidas; os benefícios objetivos relacionam-se com o comprovado interesse feminino pelas remodelações de casas e a sua maior atenção aos detalhes”.

Um dos exemplos mais visíveis é Sofia Dias, engenheira civil de formação e franchisada da marca Querido Mudei a Casa Obras. Conhecida por ter sido protagonista do programa de televisão Querido Mudei a Casa, refere que o estigma de ser mulher num mundo ainda muito visto como de homens “tende a dissipar-se na sociedade atual”. A mesma responsável refere que, nos dias que correm, ainda é um desafio diário coordenar equipas totalmente constituídas por homens, mas garante que a vontade de “inovar na área das obras e da construção” fazem valer a pena estar num mundo de grandes homens e incríveis mulheres.

Ana Amaro, 43 anos, também engenheira civil, que lidera uma unidade do Querido Mudei a Casa Obras em Torres Vedras, conta também a sua experiência e diz que encontrar o “parceiro certo” para esta aventura foi a cereja no topo do bolo, para concretizar a sua paixão de “transformar o velho em novo” e “conseguir captar e tornar possível o sonho de alguém”. Ana Amaro admite que tem convivido com preconceitos por ser mulher, mas considera que o mais importante é a capacidade de trabalhar com seriedade e rigor. “A realidade dinâmica que vivemos actualmente obriga-nos a uma constante adaptação na forma de trabalhar”, afirma a engenheira civil para quem o mais importante é “não ter medo de ser/fazer diferente”.