Logo Diário Imobiliário
CONSTRUÍMOS
NOTÍCIA
JPS Group 2024Porta da Frente
Habitação
Avaliação bancária das casas sobe 17,7% em Setembro e atinge novo máximo histórico

Imagem Freepik

Avaliação bancária das casas sobe 17,7% em Setembro e atinge novo máximo histórico

24 de outubro de 2025



O valor mediano de avaliação bancária das habitações em Portugal fixou-se em 1.995 euros por metro quadrado em Setembro de 2025, mais 30 euros do que no mês anterior, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Em termos homólogos, a valorização foi de 17,7%, ligeiramente abaixo da taxa registada em agosto (18,1%), confirmando a tendência de forte crescimento do mercado imobiliário.

Foram consideradas 32 977 avaliações bancárias no mês em análise — mais 4,2% do que em Agosto, mas menos 0,4% face a Setembro de 2024.


Apartamentos valorizam 22,6% num ano

Os apartamentos continuam a liderar a valorização. O valor mediano atingiu 2.307 euros/m2, o que representa um aumento de 22,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

As avaliações mais elevadas registaram-se na Grande Lisboa (3.025 euros/m2) e no Algarve (2.740 euros/m2), enquanto o Centro manteve os valores mais baixos (1.512 euros/m2). A Península de Setúbal destacou-se pelo crescimento mais expressivo, com uma subida de 28,5% em termos homólogos.

Comparativamente a Agosto, o preço dos apartamentos aumentou 1,7%, com o Alentejo a liderar o crescimento mensal (+5,0%).

Entre as tipologias, os T1 foram os que mais subiram (+104 euros, para 3.018 euros/m2), seguindo-se os T2 (+46 euros, para 2.390 euros/m2) e os T3 (+14 euros, para 1.971 euros/m2). Estas três categorias representaram 92,9% das avaliações realizadas.

Moradias sobem 12,1% em termos anuais

As moradias registaram um valor mediano de 1.459 euros/m2, o que corresponde a uma valorização homóloga de 12,1%.

Os preços mais elevados verificaram-se na Grande Lisboa (2.729 euros/m2) e no Algarve (2.486 euros/m2), ao passo que o Centro (1.081 euros/m2) e o Alentejo (1.139 euros/m2) apresentaram os valores mais baixos.

A região do Oeste e Vale do Tejo destacou-se com o maior crescimento homólogo (+19,5%).

Face ao mês anterior, as moradias valorizaram 2,0%, com destaque novamente para o Oeste e Vale do Tejo (+3,3%). O Alentejo foi a única região com ligeira descida (-0,1%). Entre tipologias, as T2 subiram para 1.443 euros/m2, as T3 para 1.425 euros/m2 e as T4 para 1.555 euros/m2.



Índice do valor mediano de avaliação bancária de habitação - NUTS III (País = 100)


Regiões mais caras e mais baratas

A Grande Lisboa continua a destacar-se como a região mais valorizada do país, com um valor mediano 50,1% acima da média nacional. Seguem-se o Algarve (+34,1%), a Península de Setúbal (+20,4%), a Região Autónoma da Madeira (+15,8%) e o Alentejo Litoral (+8,6%).

Pelo contrário, as regiões do Alto Alentejo, Beiras e Serra da Estrela e Beira Baixa apresentam os valores mais baixos, situando-se mais de 50% abaixo da média nacional.

Em termos mensais, todas as regiões registaram aumentos no valor mediano da avaliação bancária, com destaque para a Região Autónoma dos Açores, que apresentou a subida mais expressiva (+2,9%).