Arrendar uma casa no Distrito de Lisboa custa em média 2 329 euros
Arrendar uma casa no Distrito de Lisboa custa em média 2 329 euros, sendo este o distrito em que existe uma maior diferença (62%) entre os preços praticados no mercado e o que, realmente, as pessoas procuram (1 437 euros), revela o Imovirtual.
Segundo o novo estudo focado na comparação entre a procura vs a oferta realizado pelo portal imobiliário, ao longo dos últimos três meses - onde analisou a diferença entre os valores das casas anunciados e comparou-os com o que as pessoas estão a procurar no portal -, Cascais, Lisboa e Sintra são os que mais influenciam esta diferença no distrito.
Arrendar uma casa é mais caro em Cascais, Lisboa, Oeiras, Mafra e, com os mesmos valores, Sobral de Monte Agraço e Sintra. Enquanto que Alenquer, Vila Franca de Xira, Cadaval, Odivelas, e Azambuja são os concelhos mais baratos para quem quer arrendar uma casa no distrito de Lisboa.
Relativamente ao número de pesquisas por concelho, tirando Lisboa (47 956), verificou-se uma maior pesquisa pelos seguintes: Sintra (14 414), Oeiras (8990), Amadora (8290) e Cascais (7958).
O preço das casas para venda está, 72% mais elevado, globalmente, do que os valores que as pessoas pretendem pagar
No que à venda de habitações diz respeito, verificou-se uma situação semelhante, no qual o preço das casas está, 72% mais elevado, globalmente, do que os valores que as pessoas pretendem pagar. Nos últimos três meses, a nível nacional, comprar uma habitação custa em média 414 928 euros, sendo que as pessoas pesquisam casas no valor médio de 241 082 euros.
No distrito de Lisboa a procura mantém-se elevada, contudo, há um desfasamento menor do que o nível nacional, de 26% entre o que está a ser procurado (498.512 euros) e o que realmente está anunciado (627.093 euros).
Se analisarmos somente o concelho de Lisboa, chegamos a uma conclusão oposta: as pessoas procuram imóveis por 807.845 euros e a oferta anunciada é menor (760.722 euros). Isso também acontece em outros concelhos como Amadora, Odivelas, Oeiras e Sintra,
Conforme tabela abaixo, Cascais, Oeiras, Lisboa, Loures e Mafra são os concelhos mais caros para comprar casa. Em contrapartida, Cadaval, Azambuja, Alenquer e Sobral de Monte Agraço são os mais baratos.
Quanto ao número de pesquisas por concelho para comprar, verificou-se uma maior pesquisa pelos seguintes: Lisboa (45 806), Sintra (38 672), Cascais (17 047) e Loures (15 185).
Arrendamento - Análise de outros distritos
Aveiro (7%), Viana do Castelo (7%), Setúbal (8%) e Braga (9%) são os distritos em que valores estão com menor diferença.
Portalegre, Évora e Viseu são os únicos distritos do continente nos quais os preços estão equilibrados. Alugar uma casa em Portalegre custa em média 632 euros e os utilizadores procuraram por valores muito semelhantes: 634 euros. Em Évora procuram por 736 euros e está a ser anunciado por 726 euros, enquanto Viseu procuram por 714 euros e a oferta ronda os 701 euros.
Porém, dos 19 distritos analisados, verificou-se que em 10, as pessoas procuram por valores mais elevados do que os praticados no mercado. Guarda (-37%), Bragança (-36%), Beja (-23%) Castelo Branco (16%) é onde temos de forma mais relevante os preços médios da oferta são inferiores aos da procura.
Relativamente ao número de pesquisas por região, tirando Lisboa e Porto, verificou-se uma maior pesquisa pelos seguintes distritos: Setúbal (18 949), Braga (13 531), e Coimbra (8 975).
"Esta grande diferença entre a procura e a oferta em arrendamento é maioritariamente influenciada pelo distrito de Lisboa e também pelos imóveis do segmento de luxo que estão no mercado. Outro fato importante é o aumento das prestações das casas dos senhorios que não é acompanhado por um maior poder aquisitivo dos portugueses, explica Sylvia Bozzo, Marketing Manager do Imovirtual & OLX Imóveis.
Venda - Análise de outros distritos
Vila Real (42%), Viseu (36%), Viana do Castelo (28%), Aveiro (28%) e Leiria (28%) são os distritos com maior discrepância entre os preços anunciados no mercado e os valores procurados pelos utilizadores. Em contrapartida, Faro (5%), Setúbal (5%) , Beja (7%) e Bragança (-2%) são os distritos em que valores entre a oferta e procura estão mais equilibrados.
Portalegre (-20%), é o único distrito em que os preços médios da procura são superiores aos da oferta. Nas Ilhas Açores e Madeira (-9%) também temos um valor de oferta menor que o da procura.
No distrito de Lisboa a procura mantém-se elevada, contudo, há um desfasamento de 26% entre o que está a ser procurado (498.512 euros) e o que realmente está anunciado (627.093€). Se analisarmos somente o concelho de Lisboa, chegamos a uma conclusão oposta: as pessoas procuram imóveis por 807.845 euros e a oferta está nos 760.722 euros, ou seja, mais equilibrado.
Em relação ao número de pesquisas por região, tirando Lisboa e Porto - que são o top 2, verificou-se uma maior pesquisa pelos seguintes distritos: Setúbal (95 532), Braga (71 496), e Santarém (52 591).
Segundo Sylvia Bozzo, Marketing Manager do Imovirtual & OLX Imóveis, "ao contrário do mercado de arrendamento, percebemos que na compra quase todos os distritos têm valores muito diferentes entre o que as pessoas procuram e o que está a ser oferecido. Uma tendência que notamos é que, mesmo em distritos não tão centrais como Viseu e Vila Real, essa disparidade também é grande".