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Arrendar casa em Portugal consome 83% dos rendimentos - diz o Idealista
Arrendar uma casa em Portugal continua a exigir um esforço financeiro elevado. No segundo trimestre deste ano, a taxa de esforço no arrendamento subiu para 83%, superando os 82% do ano anterior. Já a compra de habitação manteve-se estável, com uma taxa média nacional de 71%, segundo dados do idealista.
Arrendamento: Faro lidera subida no esforço
Entre as 20 capitais de distrito analisadas pelo portal imobiliário, Faro registou a maior subida anual no esforço para arrendar: passou de 70% para 90% – um aumento de 20 pontos percentuais (p.p.). Também Ponta Delgada (+15 p.p.) e Guarda (+4 p.p.) destacam-se pelos maiores aumentos.
Apesar de ligeiras descidas em cidades como Beja (-8 p.p.), Santarém (-7 p.p.) e Lisboa (-3 p.p.), todas as capitais de distrito apresentam taxas de esforço acima dos 33% recomendados.
As cidades com maior esforço no arrendamento são Faro (90%), Funchal (89%) e Lisboa (83%). As menos penalizadas são Castelo Branco (34%), Guarda (34%), Beja (35%) e Portalegre (35%).
Compra de casa: Lisboa ultrapassa os 100%
No mercado de compra, os maiores aumentos na taxa de esforço ocorreram em Setúbal (+6 p.p.), Santarém (+4 p.p.) e Lisboa (+2 p.p.). Em contraciclo, cidades como Funchal (-14 p.p.), Faro (-10 p.p.) e Porto (-8 p.p.) registaram alívios significativos.
Lisboa lidera o esforço necessário para comprar casa, com uma taxa de 108%, seguida por Faro e Funchal (ambas com 96%). No extremo oposto, há seis capitais onde é possível comprar casa abaixo da fasquia dos 33%: Vila Real (27%), Beja (23%), Portalegre (22%), Bragança (22%), Guarda (17%) e Castelo Branco (17%).
Notas metodológicas
A taxa de esforço mede a percentagem do rendimento familiar destinada à habitação. No arrendamento, baseia-se no valor médio das rendas e rendimentos líquidos fornecidos pelo INE. Na compra, considera as prestações médias de crédito habitação, ajustadas às taxas de juro actuais, segundo o BCE.