Porto: o projecto vencedor de reconversão do Matadouro Industrial
O projecto arquitectónico do japonês Kengo Kuma e do atelier português OODA integrado na proposta da empresa Mota Engil venceu o concurso para a "Reconversão e Exploração do Antigo Matadouro Industrial do Porto" que visa a transformar o edifício, abandonado há cerca de 20 anos, num equipamento fundamental na Invicta, ao mesmo tempo espaço de encontro e convívio social, de actividades empresariais e de cultura, sem a apagar a memória da edificação original que remonta a 1910. O investimento estimado, suportado por privados, ascende a 40 milhões de euros.
Sem querer sermos exagerados, diríamos que o futuro “Matadouro” estará para o Porto como o Centro Pompidou está para Paris, tal a exposição internacional acrescida que esta obra do italiano Renzo Piano deu há Cidade Luz.
Segundo os autores do projecto, a proposta, com 20.500 de área construída, pretende “reactivar, reinventar, este espaço e dar continuação a essa história e memória da cidade”. O futuro edifício assume-se como uma grande plataforma de ligação na cidade, beneficiando da ligação ao Metro e de importantes vias rodoviárias; estabelecendo “um diálogo de escala com as grandes infraestruturas adjacentes e, de forma subtil, através dos materiais com o casario da freguesia da Campanhã”.
Trata-se de uma obra que marcará a cidade, pela sua elegância e dimensão, com um forte impacto visual e que irá difundir ainda mais a imagem do Porto no mundo.
Para o órgão de comunicação da Câmara do Porto, o Matadouro, “que articula com as acessibilidades criadas e para outras infraestruturas (as construções do Terminal Intermodal de Campanhã e da nova ponte que ligará a zona oriental a Gaia serão contemporâneas), pode servir como grande impulsionador económico, social, cultural e demográfico das freguesias mais orientais do Porto (Bonfim e Campanhã), mas será também um extraordinário polo dinamizador de toda a cidade”.
O atelier do arquitecto japonês tornou-se mundialmente famoso com o projecto do novo Estádio Nacional de Tóquio, que irá receber a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2020.
Sediado no Porto, o atelier OODA foi fundado em 2009 pelos arquitectos Diogo Brito, Francisco Lencastre e Rodrigo Vilas-Boas. Entre os suas obras destaque para o recente projecto ganhador de ampliação e renovação do Liceu Francês em Lisboa