Universidade Nova de Lisboa comprometida em ter um edifício Zero Carbon
A Universidade Nova de Lisboa está totalmente comprometida em ter um edifício Carbon Zero juntamente com a BIOS, a nova startup portuguesa que pretende reduzir a pegada de CO2 através de uma tecnologia circular.
“Acredito que daqui a 10 anos, várias serão as empresas que vão deixar de se preocupar com a origem dos seus alimentos vegetais, pois serão capazes, através de um sistema operacional integrado e sustentável, de cultivá-los em suas próprias instalações”, refere Michael Parkes, fundador da BIOS.
“O nosso objectivo passa em promover o cultivo de plantas, utilizando fluxos de energia desperdiçados, que reduzam a pegada de CO2 através de uma tecnologia circular”, refere António Santos, colaborador da BIOS e especialista em construção e gestão de energia. Além disso, “temos o prazer de confirmar a localização do primeiro teste piloto, no novo campus da Universidade Nova SBE de Lisboa, em Carcavelos. E realçar que começámos a desenvolver, juntamente com o Director de Sustentabilidade, Luís Veiga Martins, um roteiro para a promoção do Carbon Zero em todo o campus”, salienta Michael Parkes.
A Universidade está totalmente comprometida em ter um edifício Carbon Zero, e Luís Veiga Martins, afirma que “trabalhar com a BIOS não só ajudará a alcançar os nossos objectivos de atingir a neutralidade de carbono, como também nos permitirá oferecer aos alunos alternativas de alimentos frescos e saudáveis”. Desta forma, Paulo Pereira, terceiro membro da equipa e especialista em projecto e construção de sistema de agricultura controlada, prevê “a criação de 200 saladas por dia para a Universidade, compostas por vegetais de folhas verdes, ainda no próximo ano”.
O conceito que está a ser desenvolvido traduz-se numa tecnologia de utilização e sequestração de dióxido de carbono que irá inclusive permitir, no futuro, a existência de edifícios de produção negativa de carbono e a produção de alimentos e biomassa como um bioproduto de eficiência energética. O desenvolvimento da tecnologia está a ser financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, “que ambiciona um futuro de baixo carbono, mais sustentável e mais resiliente.
De recordar que a BIOS é uma nova startup portuguesa que está a desenvolver um conceito que alia os sistemas de gestão de energia de edifícios com a agricultura em ambiente controlado como uma tecnologia de baixo carbono.