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Primeira casa construída no topo de um edifício de Lisboa

13 de fevereiro de 2015

Pensamos que está tudo inventado nas formas de habitar, sobretudo numa cidade construída. Mas afinal ainda podemos ser surpreendidos. Imaginava uma casa construída no cimo de um prédio de Lisboa? Pode não acreditar mas na verdade é o que vai acontecer já neste Domingo quando uma casa modular for colocada no cimo do número 33 da Rua António Augusto Aguiar com uma vista privilegiada sobre o Marquês de Pombal e o rio Tejo.

Mathieu e Lucy Gerardin os proprietários da propriedade tiveram a ideia e junto do arquitecto João Gois da empresa JAG Arquitectos efectivou-se a ideia e o sonho do casal. Com a Gravalima do grupo Granifinas foi concretizado o projecto, através do sistema GraniHouseΩ, um modelo para a construção ecológica de casas construídas em fábrica, resultado de extensos estudos e pesquisas realizadas pela Gravalima em parceria com a Eco Sistema, Construção Sustentável, para a criação de um sistema de construção de edifícios de alto desempenho energético, ruído, incêndios e sísmica.

Existem dois modelos de casa, a tradicional em Granito e a Granihouse Passive House.

A tradicional é composta por blocos rectangulares revestidos a Granito de Ponte de Lima, que vão dos 29 m2 aos 49 m2 (área máxima para ser transportada). Estas casas vão totalmente equipadas, prontas a habitar e apropriadas para o turismo rural.

A Passive House consiste num conceito inovador e um novo método construtivo, a casa ecológica. É um modelo totalmente ecológico, modelar, transportável, sustentável, anti - sísmico, ventilado e económico.

As casas podem ir dos 29 m2 aos 300 m2, ser de piso térreo ou de dois pisos, com revestimento exterior a granito, madeira, capoto ou outro. Este modelo é produzido em fábrica, sendo transportado em moldes e montado no local. O prazo de execução e montagem para uma casa de 100 m2 (pronta a habitar), varia entre os três e quatro meses.

Uma inovação numa cidade já construída

Será uma Passive House que ficará instalada no cimo da António Augusto Aguiar, em Lisboa. “Trata-se de uma inovação, e pode ser um exemplo, dado o seu peso específico, a ter em conta para construir na cidade já construída. A construção no cimo de um prédio exige técnicas que potenciam a mobilidade das casas e a construção modular”, explica André Vaz, da Granifinas.

O responsável adianta ainda que a utilização de tecnologia de vanguarda, em estrutura de madeira, longe da dita “casa de madeira”, cumpre as exigências de conforto dos padrões da Passive House onde a pegada ecológica fica perto do 0. “A Passive House é o mais elevado padrão de eficiência energética a nível mundial: as poupanças energéticas atingem os 75% em comparação com os edifícios convencionais e de acordo com a regulamentação actual. O uso da madeira também contribui para a diminuição do carbono”, realça André Vaz.

E uma Granihouse pode mesmo ter o acabamento exterior que pretender: pedra, cerâmica, vidro, metal, madeira, reboco ou qualquer tipo de acabamento inovador.

O custo de uma casa destas como a que irá ser colocada no cimo do prédio da capital depende do grau da qualidade nos acabamentos dos materiais de construção podendo variar de 600 euro/m2 aos 1200 euros/m2.

Poderá se dizer que será 'a cereja no topo do bolo', ou neste caso a casa de sonho no topo do edifício.

Veja aqui os passos da construção e onde será colocada.