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Habitar uma casa de vidro no deserto é possível?

26 de fevereiro de 2018

Sim! E para provar que é possível, a a Guardian Glass com a OFIS Arquitetura, construiu, no Deserto de Gorafe, em Espanha, uma casa de vidro pronta a ser habitada. 

Chama-se "A Casa do Deserto" e é um dos projetos mais singulares, mais exigentes, arriscados, criativos e eficientes da Guardian Glass, que acaba de ver a luz do dia em Portugal com um objectivo claro:  Mostrar em primeira mão e no terreno, num ano, nas quatro estações, a importância do vidro na nossa vida do dia-a-dia. Mesmo nos ambientes mais exigentes que possamos imaginar! 

"A Casa do Deserto" assenta numa estrutura de madeira e construída com vidro eficiente Guardian Glass. Em apenas 20m2 distribuem-se quarto, casa de banho e sala de estar. Suficiente espaço para olhar directamente a paisagem e que conta com um sistema de filtro de água, outro de produção elétrica e um conjunto de painéis solares fotovoltaicos.

O design liderado por Spela Videcnik da OFIS Arquitetura - juntamente com especialistas em vidro, engenheiros e consultores de energia da AKT II e Transsolar, responde aos desafios actuais e futuros dos sectores da arquitectura e construção, potenciando estruturas amigas do ambiente e mais eficientes em termos energéticos.

"O que mais nos entusiasma é criar um ambiente de vida confortável em condições tão difíceis quanto as do deserto. Por outro lado, a paisagem é magnífica, é o refúgio perfeito, o escape ao estilo de vida urbana e quisemos criar um ambiente confortável para alguém estar consigo mesmo (…) com a vontade de trabalho conjunto para provarmos que se pode construir uma casa de vidro no deserto capaz de proporcionar um ambiente confortável", explica a arquitecta.

Segundo a Guardian, um dos factores que intervém directamente no espaço é o tipo de vidro escolhido. Ao seleccionar o mais adequado para cada situação, transforma-se por completo o interior de uma casa.

"O tipo de vidro de uma janela ajuda a poupar nos consumos energéticos, a garantir um melhor isolamento térmico e acústico dos interiores e pode até aumentar o nível de segurança contra impactos ou tentativas de roubo numa casa", explica a empresa.

"Trata-se de um projecto de casa completamente autosuficiente. Não possui fontes externas de energia, eletricidade ou gás. Se precisar de cozinhar, lavar a roupa ou conectar-se à Internet, a energia eléctrica será assegurada por painéis solares integrados. E todo este projeto foi idealizado para mostrar que com um vidro adequado, um espaço interior qualificado pode ser criado em qualquer lugar. (...) É uma das provas mais duras a que se pode sujeitar um vidro", revela Tamás Kovács, director de assessoria técnica da Guardian Glass.

Miguel Pérez Navarro, autarca de Gorafe, adianta ainda que, "pela primeira vez, quando soube deste projecto, foi uma surpresa. No início pode parecer uma loucura porque se trata de fazer algo semelhante a uma estufa num deserto onde, além do mais, as casas tradicionais são “casas trogloditas”, escavadas no solo enquanto forma tradicional de adaptação a este clima tão extremo".