Até 2020 mercado das cidades inteligentes irá crescer 19% ao ano
Algumas das principais cidades do mundo já são "inteligentes", entre elas Barcelona, Seul e Londres. Até 2020, o mercado das cidades inteligentes irá crescer 19% ao ano, podendo atingir um volume de 680 mil milhões de euros.
As populações urbanas estão a crescer: de acordo com as Nações Unidas, cerca de dois terços da população global viverá em aglomerado até 2050. Em 2014, a previsão era apenas de metade. Com o crescimento da urbanização aumentam também os desafios que as cidades precisam de resolver. Mesmo hoje existe uma necessidade considerável de soluções inteligentes. Ao discursar no CES em Las Vegas, Stefan Hartung, membro do Conselho de Administração da Bosch, disse: "Precisamos de um novo conceito de cidade. Um factor chave é a tecnologia que torna as cidades inteligentes e dignas para se viver. A longo prazo, as cidades sem inteligência não irão sobreviver, irão sucumbir ao bloqueio".
"A A Bosch está numa posição privilegiada para tornar o conceito de cidade conectada num sucesso tecnológico e comercial", salientou ainda Hartung. Actualmente, a empresa está envolvida em 14 projectos de cidades inteligentes em lugares como São Francisco, Singapura, Tianjin, Berlim e Estugarda, e outras seguirão os seus passos. Nos últimos dois anos, a empresa duplicou as suas vendas de projetos em vários domínios para quase mil milhões de euros, e esse valor deverá aumentar.
- A internet das coisas (IoT) é uma das principais bases para as cidades conectadas. Um estudo do Gartner prevê que cerca de 230 milhões de lares em todo o mundo - cerca de 15% de todas as casas - serão conectadas e inteligentes até 2020.
- Outro dos factores do rápido desenvolvimento das cidades inteligentes está relacionado com a inteligência artificial (AI).
- A qualidade do ar é um dos maiores desafios que as cidades enfrentam. Graças às tecnologias inteligentes, as cidades podem tomar medidas mais rápidas e direcionadas para melhorar a qualidade do ar. No entanto, isso depende de medidas precisas.
- Em muitas regiões, as mudanças climáticas estão a dar origem a um clima imprevisível e os investigadores preveem que chuvas mais pesadas resultem em inundações rápidas e mais frequentes. Até agora, são usados dispositivos mecânicos para medir os níveis de água dos rios e podem passar horas até que os resultados destes dispositivos sejam partilhados. No entanto, o sistema de monitorização de inundações apresentado pela Bosch no CES 2018 revoluciona os métodos atuais: em tempo real, a solução digital monitoriza o nível da água em rios e outros cursos de água perto das cidades, e alerta para uma inundação iminente.
- O trânsito nas cidades vai aumentar cerca de um terço até 2050, e a Bosch está a trabalhar para tornar a mobilidade do futuro livre de acidentes, stress e emissões. No CES 2018, a empresa tem apresentado muitas soluções com o intuito de alcançar este objectivo.
- No início de 2018, a Bosch e a Daimler vão lançar um novo serviço de estacionamento autónomo. Os carros no parque de estacionamento do Museu Mercedes-Benz em Estugarda procurarão um espaço de estacionamento e estacionarão sem o condutor.
- De acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), as cidades representam cerca de 75% do consumo total de energia global e 40% dessa energia é atribuída apenas a edifícios. A BP Energy Outlook 2035 estima que o consumo global de energia aumentará 30% até 2035. A Bosch possui muitas soluções inteligentes para gerir energia que podem reduzir o consumo de energia. Uma delas é a microgrid Bosch DC (corrente contínua), que pode ser usada para fornecer energia a grandes edifícios ou complexos. Como as microgrids são geralmente alimentadas por fontes renováveis, são amigas do meio ambiente. As microgrids de corrente contínua consomem até 10 por cento menos energia que as plantas de energia convencionais. Outra grande vantagem é a sua autossuficiência, o que as torna numa fonte fiável de energia quando uma interrupção relacionada com o clima ou segurança afeta a rede.