




Seixal quer mais carreiras fluviais e novas ligações ribeirinhas
A reposição do número de carreiras fluviais semelhante ao que existia antes de 2011 e a criação de novas carreiras que possam ligar os concelhos ribeirinhos do Seixal, Almada, Barreiro e Montijo são duas das exigências que a Câmara Municipal do Seixal, a União das Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires e a Comissão de Utentes dos Transportes do concelho vão efectuar junto do ministro do Ambiente.
”O transporte fluvial é uma oportunidade que deve ser rentabilizada, situação que não está a acontecer no Seixal” – afirma o Joaquim Santos, presidente da Câmara Municipal do Seixal. O autarca lembra que “desde 2011 as carreiras fluviais que ligam o concelho a Lisboa têm vindo a diminuir, o que leva a que muitos utentes passem a ter que procurar outras soluções para poderem chegar atempadamente ao trabalho ou à escola”. O desenvolvimento económico e o turismo foram também referidos pelo autarca que considera que “um bom transporte fluvial, com carreiras com horários alargados seria uma importante alavanca para atrair turistas ao Seixal, potenciando desta forma o desenvolvimento económico do concelho”.
O autarca lembra que, de acordo com o Plano de Mobilidade e Transportes Intermunicipal, apresentado recentemente, o transporte fluvial de Lisboa se encontra em 4.º lugar no mundo em termos de volume de passageiros médio diário de sistemas fluviais metropolitanos, com o total de 74 236 passageiros por dia, só superado por Istambul (150 mil passageiros) , Rio de Janeiro (106 mil passageiros) e Nova Iorque (75 mil passageiros). Também segundo o mesmo documento, só no Seixal são transportados 5573 passageiros por dia, número que poderia ser superior se a oferta do número de carreiras fosse também superior.
A autarquia do Seixal denuncia também a degradação do serviço público de transportes e a a necessidade da criação de um sistema tarifário que alargue a intermodalidade a toda a AML, com o alargamento do passe social intermodal a todos os operadores e toda a população da AML. Considera a autarquia que é necessário criar-se atractividade para uma utilização do serviço de transportes colectivos em detrimento do transporte individual. Apostar na qualidade deste serviço e na sua sustentabilidade só é possível através de um sistema integrado que permita reforçar a mobilidade em toda a Área Metropolitana de Lisboa - afirma.