Sector imobiliário foi o mais activo em relação ao capital movimentado no 1º semestre
O mercado de fusões e aquisições em Portugal caiu 68% em volume e 24% em número de transacções, durante o primeiro semestre, face ao semestre homólogo anterior, segundo uma análise da plataforma TTR – Transactional Track Record hoje divulgada.
A plataforma, que analisa mensalmente este mercado, registou até 24 de agosto 52 fusões e aquisições, entre anunciadas e fechadas, mobilizando um capital de 1,3 mil milhões de euros e uma diminuição de 24% no volume de transacções no sector imobiliário.
Este sector, segundo a TTR, é o mais activo do ano em relação ao capital movimentado, surgindo o sector de tecnologia em segundo lugar, com 90c4 milhões de euros, e em terceiro o sector financeiro e seguros, com 855 milhões de euros.
"Até 24 de Agosto de 2021, em comparação ao mesmo período do ano passado, houve uma diminuição de 24% no número de transacções, bem como uma queda de 68% no valor total das operações", conclui a plataforma.
Dos últimos 12 meses, Setembro de 2020 foi o mais activo no setor imobiliário, com 13 transacções e um total de 998 milhões de euros, enquanto Agosto de 2020 e Abril de 2021 foram os períodos com menor actividade, registando uma transacção cada.
A maioria das transacções não foram domésticas: entre as 52 transacções realizadas, 30 ocorreram no âmbito 'cross-border' (além fronteiras), sendo Espanha o maior investidor em Portugal, com oito transacções e mobilizando um total de 466 milhões de euros, seguida pelo Reino Unido, com sete operações e 44,75 milhões de euros.
Espanha foi o país escolhido pelos portugueses para investir, com uma transacção pelo valor de 5,10 milhões de euros, segundo a TTR.
A maior transacção registada até 24 de Agosto, num contexto ‘cross-border’, foi a aquisição de um portefólio residencial em Portugal pela Memoryzoom, empresa controlada pela francesa Tikehau Capital, a espanhola Talus Real Estate, e pela portuguesa Albatross Capital, cujo valor foi de 300 milhões de euros.
A TTR destaca também o aporte de capital de 300 milhões de euros da IAD - Imobiliária ao Domicílio recebido pela norte-americana Insight Partners.
LUSA/DI