Projecto de Souto Moura travado na Rua das Flores
O Tribunal Central Administrativo Sul travou a demolição do edifício da Rua das Flores, em Lisboa, para a construção de um outro edifício do arquitecto Souto de Moura.
O tribunal alega violação do PDM e a demolição foi suspensa, tendo as custas do processo ficado a cargo da Câmara Municipal de Lisboa, do promotor e do empreiteiro.
A iniciativa de travar esta obra partiu do Fórum do Património que agrega três associações, a Associação Portuguesa das Casas Antigas, a Associação Portuguesa para a Reabilitação Urbana e Protecção do Património e o GECoRPA - Grémio do Património, que a 13 de Março de 2017 avançaram com um providência cautelar contra a substituição do edifício.
A Câmara de Lisboa aprovou o edifício projectado por Souto de Moura que consistia em cinco pisos, previa vidro a toda a largura da fachada, assente numa estrutura de betão armado revestida em perfis de ferro, lâminas de alumínio para ensombramento e telas de rolo.
A tomada de posição do Fórum do Património teve por base um parecer do ICOMOS Portugal, apesar disso o Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa negou o deferimento da providência cautelar alegando falta de factos.
Só agora o Tribunal Central Administrativo Sul, deu agora provimento à providência cautelar e suspendeu o despacho do Vereador do Urbanismo de Lisboa.
Apesar de não se ter conseguido salvar o edificio original, em comunicado, o Fórum do Património indica que se disponibiliza a acompanhar o projecto do edifício que vier a ser proposto para o local pelo promotor.