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Nas zonas prime de Lisboa existem 12 mil imóveis por reabilitar

 

Nas zonas prime de Lisboa existem 12 mil imóveis por reabilitar

13 de outubro de 2017

O mercado total de reabilitação representa cerca de 26 mil milhões de euros, com 1.5 milhões de edifícios (30% do total de edificado nacional) a necessitar de obras de reabilitação. Só nas zonas prime de Lisboa existem 12 mil imóveis por reabilitar.   

Números avançados por Francisco Quintela, partner e cofundador da mediadora Quintela & Penalva, que actua essencialmente no segmento prime, revela que só no centro histórico de Lisboa encontramos cerca de 70% da oferta de comercialização de edifícios reabilitados, com preços médios até 35% mais face ao que se verifica na restante cidade.

E como o aumento de procura faz aumentar os preços, o responsável assegura que se regista um aumento de 9% no centro histórico de Lisboa, face a 2016. nos últimos cinco anos o investimento na reabilitação ascendeu aos 600 milhões de euros. Francisco Quintela garante ainda que a perspetiva “é que não deixe de aumentar nos próximos dois a três anos, face ao interesse por estes imóveis específicos por parte de investidores com capacidade financeira para tal”.

Existem apartamentos em Lisboa com preços entre os 10 mil e os 12 mil euros/m2

O responsável da Quintela & Penalva revela também que alguns dados indicam que o valor médio dos imóveis em Lisboa, nas suas localizações premium, é de 6.800 euros/m2. “Ora, quando verificamos que a reabilitação nas zonas históricas está a 6.400 euros/m2, e que é nas zonas históricas que encontramos os projetos mais caros, com apartamentos que podem rondar entre os 10 mil e os 12 mil euros/m2, podemos então considerar que em muitas situações, os valores da reabilitação já batem a habitação nova”.

Ricardo Sousa, Administrador da Century 21 Portugal, também é de opinião que nas zonas históricas, se está a assistir a uma profunda transformação dos edifícios e da sua utilização, juntamente com um crescimento considerável do número de visitantes da cidade. “A conjunção destes factores está a permitir que estas zonas da cidade ganhem uma grande atratividade para soluções imobiliárias com fins turísticos e também para um segmento premium de habitação”, esclarece.

E pelo facto de existir uma clara falta de oferta de imóveis de construção nova, consequentemente, os imóveis reabilitados destacam-se e atraem um grande número de interessados. “Não consideramos que os preços estejam inflacionados, mas constatamos e lamentamos o excesso de concentração de oferta nos segmentos médio alto e de luxo”, refere Ricardo Sousa.

Reabilitação também atrai no Porto

Quanto à cidade do Porto, Joana Lima, responsável da consultora Predibisa pelo segmento Reabilitação, garante que atualmente a maior procura incide no Centro Histórico, pelo encanto dos edifícios e pela rentabilidade associada. “Continua a haver uma procura superior à oferta, tanto de edifícios por reabilitar como por apartamentos já reabilitados, o que tem provocado uma dinâmica crescente do valor por metro quadrado. Em algumas artérias como a Rua das Flores e a Rua Mouzinho da Silveira temos registado uma subida de 25% do valor ao ano”, salienta.

Revela ainda que dependendo da zona e da qualidade da intervenção, os preços médios situam-se entre os 2.700 e os 6.000 euros por metro quadrado.

“A procura na Baixa tem sido constante e crescente, designadamente em edifícios com características históricas que estão a ser alvo de reabilitação. Este processo é idêntico ao que ocorreu em outras cidades europeias com casco histórico de grande qualidade arquitectónica, revelando que actualmente são essas as zonas mais valorizadas. O Porto está apenas a seguir essa tendência”, admite.

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