CONSTRUÍMOS
NOTÍCIA
Reabilitacao

 

Horta  (Açores): “Trinity House” vai ser reabilitada

17 de novembro de 2021

A secretária regional da Cultura, Ciência e Transição Digital, Susete Amaro, anunciou hoje que o Governo dos Açores vai recuperar a “Trinity House”, uma antiga estação de cabos submarinos, que será transformada em núcleo museológico.

“O lastimável estado de conservação actual deste edifício histórico é fruto de um alheamento absoluto dos últimos governos regionais, numa atitude de incúria perante um dos mais valiosos patrimónios imóveis da ilha do Faial”, lamentou a governante, durante uma visita ao edifício.

 Segundo Susete Amaro, está inscrita nas propostas de Plano e Orçamento para 2022, “uma verba de 400 mil euros para o lançamento do projecto e para o início da obra de recuperação e requalificação da Trinity House”, correspondendo assim a uma antiga reivindicação da Associação de Antigos Alunos do Liceu da Horta.

 

Um edifício com quase 120 anos

Um núcleo museológico para revisitar a época dos cabos submarinos será um dos elementos centrais, num projecto que inclui igualmente gabinetes de conservação e restauro, de arqueologia e de investigação, e também uma carpintaria e um espaço de acolhimento para associações culturais da ilha do Faial.

A Trinity House (Casa da Trindade) foi construída em 1902, com o objectivo de acolher as 3 primeiras companhias de cabos submarinos, instaladas na Horta: a britânica Europe & Azores Telegraph Company, a alemã Deutsch Atlantische Telegraphengesellschaft e a americana Commercial Cable Company.

O edifício, que é um marco na arquitectura da cidade da Horta, viria a ser reconstruído após o sismo de 1926. Nessa altura, entre 1926 e 1928, foi edificada a Estação Conjunta de Cabos, que se encontra unida pelo lado sudeste à Trinity House, formando assim um único edifício.

Susete Amaro garantiu que além da “Trinity House”, o Governo prevê também intervenções no Museu da Horta e na Casa Manuel de Arriaga, no sentido de “conferir dignidade” ao roteiro de turismo cultural da cidade e permitir um melhor aproveitamento do património histórico por parte dos habitantes locais.

Lusa/DI