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Porto: A cidade que renasceu e está a atrair investimento

1 de dezembro de 2018

O Porto é a cidade do momento. Está definitivamente no mapa nacional e internacional como uma opção atractiva para visitar, morar, trabalhar ou fazer compras, revela o último estudo da consultora JLL, Market 360º Porto.

Pedro Lancastre, director geral da JLL, adianta que  “a reabilitação que começou no centro histórico, e se alastrou a cada vez mais zonas, deu um impulso fantástico ao Porto e contribuiu para a sua crescente projecção como um território que vale muito a pena conhecer. O turismo abriu as portas à nova vida da cidade, atraindo mais comércio, mais hotéis, mais alojamento. Mas, atrás vieram também os talentos, as empresas e os novos habitantes, que tanto gostam da cidade e apreciam a sua qualidade de vida”.

O responsável adianta que o mercado imobiliário soube responder a esta nova surpreendente procura, desenvolvendo um enorme dinamismo nos últimos anos. "Apresenta hoje uma oferta sólida em todos os sectores, quer estejamos a falar de retalho, de habitação, de escritórios, de investimento ou de hotelaria e turismo", acrescenta.

Os números apresentados no estudo comprovam a dinâmica da Invicta. No mercado de escritórios, o Take-up chega aos 74.184 m² no final do 3º trimestre. 65% da área absorvida desde 2016 corresponde a absorção líquida (expansão e entrada de novas empresas na região). A Renda prime continua a crescer, atingindo os 18 euros/m² em Setembro e 170.000 m² de nova oferta em pipeline até 2025, dos quais 26.634 m² com inauguração prevista para este ano. Destes, 26.634 m² deverão entrar no mercado em 2018, distribuídos por três empreendimentos. 

No mercado de retalho, o Market 360º Porto confirma o momento saudável do comércio de rua, que tem vindo a consolidar-se, sendo palco fértil para a atração de novas marcas e conceitos, respondendo a um consumidor cada vez mais exigente. No período em análise existem 27 conjuntos comerciais totalizando uma ABL de 730.000 m² na Área Metropolitana do Porto. 21.000 m² de nova ABL projectada para 2018/19, correspondente à expansão do Norte Shopping. Rendas prime no comércio de rua duplicaram desde 2012, situando-se actualmente nos 70 euros/m²/mês na rua de Santa Catarina. O Eixo Flores / Mouzinho da Silveira e avenida dos Aliados ganham expressão como destino de rua, ao mesmo tempo que a zona do Avis tem vindo a perder força.

No investimento imobiliário comercial, atingiu-se os 130 milhões de euros. A cidade recebeu a maior transação de hotéis já concluída em Portugal, estabelecendo um novo recorde de preço de 500.000 euros/quarto. O Retalho pesa 79% dos 900 milhões investidos nos últimos quatro anos e os escritórios e hotéis deverão atrair mais investidores no curto e médio prazo.

No mercado residencial, a Área Metropolitana do Porto concentrou 17% das vendas realizadas no 1º semestre a nível nacional (INE). 41% das vendas de casas assessoradas pela JLL foram a cidadãos estrangeiros. A Foz continua a ser zona prime, procurada sobretudo pela classe alta portuense e os preços de venda em alguns empreendimentos já chegam aos 7.000 euros/m², duplicando valores face aos 3.500 €/m² registados no último pico de mercado, em 2007. A Foz continua a ser a zona prime eleita pelo público nacional, exibindo valores médios de venda em torno dos 6.000 euros/m² - os mesmos que são praticados na gama alta na zona da Baixa e Centro Histórico que é considerada mais trendy.

A promoção imobiliária também está a responder a este fulgor do mercado, com projectos com maior escala, em todos os segmentos e inclusive empreendimentos que conjugam vários usos, destacando-se ainda a expansão para zonas menos centrais e consolidadas na cidade do Porto. O futuro quarteirão do Bonjardim (Baixa), o projecto do Amial, promovido pela Round Hill na Asprela, ou a reconversão do antigo Matadouro, na zona oriental da cidade, são exemplos evidentes de projetos estruturantes que conjugam vários usos, mas também os segmentos residencial, de escritórios e de hotelaria apresentam pipelines bastante dinâmicos. Em termos de amplitude geográfica, apesar do centro histórico se manter como um forte destino de investimento em promoção imobiliária, as oportunidades já não se concentram apenas naquela zona e expandem-se a toda a cidade, seja por via da reabilitação seja pela construção nova, sendo claro que existe ainda uma elevada capacidade de crescimento em todos os segmentos.

No mercado hoteleiro, que já este ano viu a sua oferta reforçar-se com 3 novas aberturas, trazendo 380 novas camas à cidade mas serão 5 novos hotéis e 486 novos quartos com abertura prevista para 2018. O RevPar cresceu 10% no 1º semestre, acompanhando de um crescimento de 6,2% no número de dormidas e foram registados 2,8 milhões de passageiros a aterrarem no Aeroporto Internacional Francisco Sá Carneiro até Junho, num crescimento homólogo de 11.6%.

Quanto ao potencial de crescimento do mercado do Porto, Pedro Lancastre conclui que “novos projectos, modernos e muito apelativos estão a nascer um pouco por toda a cidade, com a enorme vantagem de haver ainda espaço para novos investimentos com preços ainda bastante competitivos face a Lisboa e a outras cidades europeias. É uma equação difícil de igualar e que vai continuar a interessar os investidores, sem dúvida! Em suma, há ainda muito por acontecer nesta cidade onde o mercado imobiliário já acompanha a tendência animadora de crescimento de Lisboa. As oportunidades numa cidade que é cosmopolita, mas que não cedeu na sua autenticidade, são muitas. E para perceber onde estão, lançamos esta nova iniciativa. Uma visão 360º exclusivamente sobre o Porto, única como a cidade merece”, termina.