Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes avança
Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes (MIAA) deu o primeiro passo, com a assinatura do contrato de empreitada da 1ª fase da obra, um investimento de 3,1 milhões de euros.
A Câmara de Abrantes, informa em comunicado, que o contrato foi assinado com a empresa Teixeira, Pinto & Soares, S.A., e tem por objecto a recuperação, remodelação e ampliação do Convento de S. Domingos para a instalação do MIAA.
O equipamento vai ocupar todos os espaços disponíveis actuais do antigo convento para áreas de exposições, permanentes e temporárias, onde ficará parte da colecção de arqueologia e arte municipal, o espólio de pintura contemporânea da pintora Maria Lucília Moita e a colecção arqueológica Estrada, propriedade da Fundação Ernesto Lourenço Estrada, Filhos.
No total são cerca de cinco mil as peças que integram as colecções da Fundação Estrada de ourivesaria ibérica, armaria e arte sacra dos séculos XVI a XVIII, além de colecções de numismática, arquitectura romana, medieval e moderna, relógios de várias épocas e uma exposição de arqueologia e história local.
O projecto que irá arrancar nove anos após o seu anúncio tem como objectivo a requalificação do Convento de S. Domingos para instalação do MIAA.
A obra será apoiada em 85% com verbas dos fundos comunitários do Portugal 2020, no âmbito do PEDUA - Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano de Abrantes para a Regeneração Urbana, segundo a governante.
Associado ao Museu Ibérico, o espaço vai ter ainda um Centro de Investigação para "assegurar a continuidade do estudo das colecções" que ali serão expostas e que sirva de pólo dinamizador de projectos de investigação e de parcerias com universidades, museus nacionais e estrangeiros.
No mesmo comunicado lê-se que a autarquia prevê o arranque dos trabalhos num prazo de 15 úteis "após a concessão do visto pelo Tribunal de Contas, entidade para onde o processo será enviado ainda hoje". A primeira fase de recuperação, remodelação e ampliação do Convento de S. Domingos deverá ficar concluída em 910 dias, cerca de dois anos e meio.
Dentro deste contexto, a Câmara de Abrantes anunciou em Março um investimento de 1,5 milhões de euros na requalificação do Edifício Carneiro, imóvel próximo do castelo da cidade, para acolher o futuro Museu de Arte Contemporânea "Charters de Almeida".
O escultor Charters de Almeida, 81 anos, doou ao município de Abrantes uma parte significativa da sua colecção, resultado de mais de meio século de actividade artística, e de que se destacam as obras em grande escala, conhecidas por "Cidades Imaginárias", que chegam a atingir os 40 metros de altura.
LUSA/DI