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Merlin Properties fecha 1.º trimestre com lucro operacional de 74,7 M€ e 130,4 milhões em rendas

14 de maio de 2020

A Merlin Properties encerrou o primeiro trimestre com receitas de 131,8 milhões euros, um EBITDA recorrente de 103,9 milhões e um lucro operacional de 74,7 milhões (16 cêntimos por acção). O lucro contabilístico de 38,6 milhões de euros não é comparável com o exercício anterior devido aos activos vendidos. Excluindo extraordinários, o lucro líquido ordinário ascende a 62,3 milhões.

Em comunicado, a empresa espanhola presente em Portugal, revela que o valor líquido dos activos situa-se em 7.384 milhões de euros (15,72 euros por acção). É importante assinalar que neste trimestre não se realizou uma nova avaliação de activos (realiza-se em Junho e Dezembro de cada ano).

A Merlin Properties continua a gerir activamente o seu balanço de situação, encerrando o trimestre com um nível de endividamento (“LTV”) de 40,1% (redução de 47 pbs) e excelentes rácios financeiros. A Empresa conta com uma posição de tesouraria e equivalentes de 1.277 milhões de euros e não enfrenta vencimentos de dívida até dentro de dois anos.

Referindo que os resultados do primeiro trimestre tiveram “impacto limitado” da covid-19, a imobiliária espanhola assinala, no negócio de escritórios, o “desempenho extraordinário” com um aumento de rendas ‘like-for-like’ de 4,5%, o que reflecte o aumento da ocupação e das rendas resultantes das renovações realizadas nos últimos 12 meses.

A carteira de centros comerciais teve também um “trimestre sólido” em crescimento de rendas e subidas de rendas nas renovações e também ao nível da ocupação, que se situa nos 94,2%.

“Antes do início da covid-19, a tendência nas vendas dos nossos inquilinos e no tráfego para os centros continuava a aumentar, com aumentos de 5,1% e 2,4%, respectivamente”, refere o comunicado.

A pandemia de covid-19 levou a Merlin Properties a adoptar várias medidas de redução de gastos, com a equipa de gestão a renunciar à remuneração variável e em acções correspondente a 2020 e o Conselho de Administração a cortar a sua remuneração em 25%.

O comunicado indica que a Merlin irá propor à assembleia-geral a aprovação de um dividendo complementar relativo a 2019 de 32 cêntimos por acção, dos quais 15 cêntimos serão pagos em Julho e 17 cêntimos para serem distribuídos por decisão do Conselho de Administração “de acordo com a evolução da crise”.

A Merlin é a maior empresa imobiliária cotada em Espanha actualmente.

Em Portugal detém uma carteira de ativos de cerca de mil milhões de euros, que inclui vários edifícios de escritórios, a plataforma logística de Lisboa Norte e dois espaços comerciais, o Almada Fórum e o Monumental.

Em Janeiro estreou-se na praça lisboeta por ‘dual listing’, uma operação em que as mesmas acções que negoceiam em Espanha passam também a negociar na Euronext Lisbon.

LUSA/DI