
Luz verde para a construção do Hospital Central do Alentejo por 180 milhões de euros
O grupo espanhol Acciona foi o vencedor do concurso público para a construção do novo Hospital Central do Alentejo, em Évora, num investimento de 180 milhões de euros.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Administração Regional de Saúde (ARS), José Robalo, avançou que "o concurso está fechado. Vamos fazer a adjudicação o mais rápido possível para, depois, enviar o processo para o Tribunal de Contas".
O responsável avançou que os espanhóis ganharam o concurso público internacional para a empreitada da nova unidade hospitalar, indicando que as outras empresas interessadas acabaram por ser excluídas do processo.
Como o Diário Imobiliário já tinha noticiado em Janeiro, a Acciona, uma das maiores construtoras espanholas, foi a única das oito empresas concorrentes à construção do novo Hospital de Évora que “cumpriu todos os requisitos exigidos" pelo concurso internacional.
Oito empresas manifestaram interesse em construir o novo Hospital Central do Alentejo, em Évora, num investimento de 180 milhões de euros, mas apenas uma cumpre todos os requisitos, segundo o relatório preliminar do concurso público.
A construção do novo hospital envolve um montante total superior a 180 milhões de euros, uma vez que aos 150 milhões de investimento previsto, incluindo 40 milhões de fundos europeus, acresce 23% do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).
Nova unidade terá 11 blocos operatórios e lotação de 351 camas em quartos individuais
José Robalo indicou que, após a fase de auscultação das empresas, o júri voltará a reunir-se para produzir o relatório final e, nessa altura, "já haverá a escolha de um concorrente".
"A partir desse momento, segue para o Tribunal de Contas para que seja avaliado de forma prévia, antes de a adjudicação, e, se tudo correr dentro da normalidade, provavelmente, o processo de adjudicação poderá ser feito antes do final do primeiro semestre" deste ano, disse.
O Hospital Central do Alentejo projectado por Eduardo Souto de Moura, a construir na periferia de Évora, vai ter um edifício que ocupará uma área de 1,9 hectares e que terá uma lotação de 351 camas em quartos individuais. Capacidade que poderá ser aumentada, em caso de necessidade, até 487 camas.
A futura unidade hospitalar vai dar resposta às necessidades de toda a população do Alentejo, com uma área de influência de primeira linha que abrange cerca de 200 mil pessoas e, numa segunda linha, mais de 500 mil pessoas.
A infraestrutura contará com 11 blocos operatórios, três dos quais para actividade convencional, seis para actividade de ambulatório e dois para actividade de urgência, cinco postos de pré-operatório e 43 postos de recobro.
LUSA/DI