Recuperação do Museu da Língua Portuguesa já começou

As obras de recuperação do Museu da Língua Portuguesa em São Paulo, no Brasil, já iniciaram, um ano após o incêndio que destruiu parte do edifício da Estação da Luz.

Segundo a EBC - Agência Brasil, na área externa da estação, já é possível ver os andaimes utilizados para o restauro. Nesta fase, a intervenção deve durar mais 12 meses para que sejam restauradas as quatro fachadas do prédio atingidas pelo fogo. Também serão recuperadas as janelas de madeira.

De acordo com o secretário de estado da Cultura, José Roberto Sadek, o trabalho complexo de tirar escombros, escorar paredes, de fazer o projecto, foi iniciado logo após o incêndio. As obras de emergência duraram oito meses e ainda mais tempo para a aprovação do projecto, incluindo alvará e aprovação dos órgãos de preservação.

O projecto da actual fase da reconstrução do museu foi aprovado pelos três órgãos do património histórico – Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (Iphan); Conselho de Defesa do Património Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), órgão de âmbito estadual; e Conselho Municipal de Preservação do Património Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp).

Segundo a secretaria estadual de Cultura, em paralelo à restauração das fachadas e janelas, já estão em desenvolvimento o projecto da estrutura da cobertura, de climatização, eléctrica, hidráulica e combate a incêndio, revestimento da cobertura em zinco e consultoria ambiental. O final desta fase está previsto para Dezembro de 2018.

Já a implantação da museografia terá início em 2018, com conclusão prevista para Março de 2019. De acordo com Sadek, a inauguração deve acontecer ainda no primeiro semestre de 2019.

A Agência Brasil adiantou ainda que toda a reconstrução do Museu da Língua Portuguesa será baseada no projecto original aprovado pelos órgãos reguladores na época da inauguração do museu, em 2006. "As reformas vão se adequar às mudanças na legislação e à experiência de uso do prédio por dez anos como museu. O arquitecto Pedro Mendes da Rocha, que desenvolveu o projecto original em parceria com Paulo Mendes da Rocha, é o responsável pelas adaptações ao projecto".

Uma reabilitação que deve rondar os 19 milhões de euros.