O TOP30 das “Cidades Mais Dinâmicas do Mundo”
As cidades que integram a quarta edição do ranking anual City Momentum Index (CMI) da JLL, que analisa as cidades mais dinâmicas a nível mundial, têm em comum a capacidade de adoptar a mudança tecnológica, de absorver o rápido crescimento populacional e de fortalecer a conectividade global. Diversas cidades na Índia, China e Vietname, bem como nos EUA, lideram a lista das cidades mundiais com a mais rápida mudança.
“Com mais de metade da população mundial a viver actualmente em cidades – um peso que deverá aumentar significativamente nas próximas décadas -, o sucesso destes espaços urbanos é um tema de grande importância”, sublinha Jeremy Kelly, Director da JLL no Global Research. “O CMI sublinha que, apesar de várias convulsões políticas e das incertezas económicas actuais, muitas cidades continuam a exibir um dinamismo impressionante. Os factores chave para o seu sucesso são a agilidade e a abertura que lhes permitem adaptar-se rapidamente a cada nova onda de mudança global”.
A tecnologia continua a ser o principal motor do dinamismo nas 30 cidades mundiais que estão a mudar mais rapidamente. Estas cidades constituem um terreno fértil para a inovação e integram-se, de forma bem-sucedida, nas redes globais, apresentando, muitas vezes, um desempenho superior ao da própria economia nacional.
Cidades da Ásia-Pacifico no topo da dinâmica
As cidades da Ásia-Pacifico correspondem a metade do Top30 das cidades que mais rapidamente estão a mudar. A Índia ultrapassou a China enquanto origem de algumas das cidades mais dinâmicas a nível mundial. São seis as cidades indianas que estão presentes no Top 30 Global do CMI, com o principal hub tecnológico do país, Bangalore (1), a ocupar o lugar cimeiro pela primeira vez.
Integração de tecnologia na economia existente
“As Cidades Globais Consolidadas” integram a tecnologia na economia existente e alavancam as suas forças já consolidadas para atrair os melhores talentos. Entre estas incluem-se Londres (6), Nova Iorque (14), Paris (17) e Los Angeles (27). Embora Londres tenha perdido a posição de liderança (a qual manteve ao longo dos últimos dois anos), manteve-se notavelmente resiliente após o referendo para o Brexit, permanecendo no Top10 do ranking.
Excelência na inovação tecnológica
A excelência na inovação tecnológica ajudou as “Novas Cidades Globais” a ascender no Top30. Estas cidades, que incluem Silicon Valley (3), Austin (7), Boston (9), Seattle (20), São Francisco (21) e Raleigh-Durham (24) nos EUA.; Melbourne (12) e Sidney (16), na Austrália; e Dublin (28) e Estocolmo (30) na Europa, são apoiadas por infraestruturas robustas, uma qualidade vida favorável e práticas de negócio transparentes, o que impulsiona o dinamismo e a actividade no mercado imobiliário.
Mudança nas actividades de elevado valor
Uma mudança nas actividades de elevado valor ajudou a impulsionar o dinamismo nas “Cidades Ágeis e Emergentes de Elevado Valor”. Entre aquelas que mais se destacam, incluem-se megacidades como Xangai (4) e Pequim (15) e ‘hubs’ tecnológicos como as indianas Bangalore e Hyderabad (5) ou a chinesa Shenzhen (22).
Mercados laborais dinâmicos e a baixo custo
Mercados laborais dinâmicos ajudam a dar gás a algumas das “Megacidades Emergentes”4, caso de Chennai (18), Manila (19), Deli (23) e Bombaím (25). Contudo, este grupo depara-se com sérias questões ao nível das infraestruturas e da qualidade de vida, registando elevados níveis de desigualdade, congestionamento e poluição dificultados por uma fraca governação da cidade.
Baixos custos, uma base de consumidores em rápida expansão e elevados níveis de investimento directo estrangeiro (IDE) caracterizam as “Cidades de Elevado Potencial”, tais como Ho Chi Minh (2) e Hanoi (8) no Vietname, bem como o ‘hub’ tecnológico da África Oriental, Nairobi (10), no Quénia.
As 134 cidades abrangidas pelo CMI foram analisadas com base em 42 variáveis que incluem as mudanças recentes e previstas para o PIB da cidade, a população, a presença de sedes corporativas, a construção de imóveis comerciais e as rendas. Outros factores incluem a educação, a inovação e o ambiente.