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China: arrefecimento do imobiliário retrai crescimento

3 de julho de 2017

O arrefecimento do mercado imobiliário na China, estimulado pelas autoridades para evitar uma bolha imobiliária, vai ter consequências negativas para a economia no segundo semestre e em 2018, disse hoje a agência de notação Fitch.

O mercado imobiliário vai continuar provavelmente a arrefecer em resposta às maiores restrições para a compra de casa em muitas cidades e a condições mais difíceis para o crédito, indicou a Fitch num relatório.

“O imobiliário é o sector cíclico chave na economia chinesa e vai influenciar o crescimento na segunda metade do ano”, afirmou.

A Fitch insistiu que o arrefecimento se deve às políticas públicas, já que as autoridades querem evitar a “excessiva ebulição no mercado”.

As restrições, sobretudo nas principais cidades, têm estado centradas em questões como o aumento do pagamento inicial ou limitações à aquisição da segunda casa pela população.

 

Em 4 anos os preços subiram 90% nas principais cidades…

 

Além disso, a crescente atenção das autoridades à redução do excessivo endividamento e dos riscos financeiros conduziu a um aumento dos juros, o que também contribuiu para o abrandamento, acrescentou.

A Fitch considerou que o arrefecimento imobiliário vai causar a estabilização das vendas durante a segunda metade do ano e considera provável que os preços baixem nesse mesmo período.

Os preços nas principais cidades chinesas (Pequim, Xangai ou Cantão) subiram 90% nos últimos quatro anos, bastante acima dos 10-25% em cidades menos importantes, adiantou.

A agência considerou que a estabilização do mercado vai ter um impacto sobre toda a economia chinesa, já que o investimento na habitação representa aproximadamente 10% do produto interno bruto do país.

A Fitch previu que, devido ao período de geração do efeito, o crescimento da economia chinesa seja inferior a 6% durante 2018.

Lusa/DI