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Imobiliário comercial continua em alta em 2019

 

Imobiliário comercial continua em alta em 2019

 

Imobiliário comercial continua em alta em 2019

7 de outubro de 2019

É o que se constata o Departamento de Research da consultora WORX – Real Estate Consultants através do seu último estudo WMARKET em que analisa a performance do mercado imobiliário nas áreas de escritórios, investimento, retalho, turismo, industrial e logística nos primeiros 9 meses de 2019.

Segundo o estudo, o Investimento imobiliário comercial, “deverá bater recordes tendo já ultrapassado a fasquia dos 1,1 mil milhões de euros e a estabilização dos níveis de liquidez (…) irá manter-se direccionada para activos prime que se adequam a investidores com perfil core”. A consultora enfatiza o facto de, nos primeiros 9 meses de 2019, 70% do investimento nacional se ter traduzido por operações superiores a 50 milhões de euros.

Para o mercado de escritórios, nos primeiros 9 meses do ano, “o volume de absorção foi de 136.008 m2, o que representa um aumento de 6% comparativamente ao período homólogo de 2018” A Worx afirma que este mercado manter-se-á em alta, impulsionado pela entrada crescente de empresas internacionais no mercado português e pela necessidade de expansão e mudança de instalações de empresas que vêem crescer a sua actividade ou procuram realizar um upgrade às suas actuais condições de trabalho. A consultora alerta, no entanto, para a escassez de oferta que, na sua opinião, “continuará a ser uma realidade até ao final do ano, o que constitui um maior obstáculo à manutenção do dinamismo do mercado de escritórios e coloca a tónica nas operações de pré-arrendamento no que diz respeito à ocupação de áreas de grande dimensão”.O que leva a que “os valores de renda prime irão continuar a verificar margem para progressão” - acrescenta.

 

Retalho e Logística

O sector de retalho também tem sido alvo de procura neste período de 9 meses analisados pela WORX. Da amostra levantada pela consultora, abriram, na cidade de Lisboa, cerca de 160 novos espaços comerciais, na sua maioria espaços dedicados à restauração.

No segmento de industrial e logística existem sinais de viragem, ainda que muito brandos, refere a Worrx. O expectável aumento do comércio electrónico e a necessidade de agilização de tempos de entrega fará aumentar a procura por espaços logísticos próximos dos centros urbanos, fenómeno que se tem vindo a produzir nos EUA e também na Europa, nomeadamente aqui na vizinha Espanha..

Sehundo os estudos mais recentes em Portugal, sobre o e-commerce, que datam do final de 2018, o B2B representou em 2017 cerca de 70 mil milhões, i.e 38% do PIB e que o B2C, no mesmo período representou 4,6 mil milhões de euros i.e. 2,6% do PIB. As projecções apontam que para 2025 o B2B atinja os 132 mil milhões de euros e que o B2C atinja cerca de 9 mil milhões de euros.

Este incremento da economia digital, embora grande parte dela esteja assente em compra transfronteiriças, é espectável que à semelhança da instalação da Amazon em Espanha outras empresas internacionais dedicadas ao e-commerce sigam o exemplo e se instalem noutros países, podendo Portugal, com a sua localização uma excelente plataforma para distribuição de produtos na europa. “Será um factor que poderá agitar as águas deste sector” - avisa a consultora

Para o sector do turismo o estudo prevê um aumento dos principais indicadores de performance, com Portugal a continuar a “afirmar-se no mercado turístico de luxo, através de uma maior diferenciação de produtos, aposta em novos conceitos e nichos de mercado especializados que possam atrair mercados com maior poder de compra”.

 

Turismo aposta no segmento de luxo e diversificação de mercados

Nos primeiros seis meses deste ano, as receitas turísticas rondaram os 7,3 mil milhões de euros, um valor que corresponde a um crescimento de 6,5% face ao primeiro semestre de 2018. Os proveitos globais por aposento registam um aumento de 7,3%, ascendendo a 1,3 mil milhões de euros.

Para estes números contribuíram factores como o alargamento de actividades turísticas a meses menos tradicionais; a diversificação de mercados, com crescimentos expressivos do mercado americano, polaco e brasileiro; a diversificação da oferta quer ao nível do tipo de alojamento quer ao nível de actividades e novos focos de interesse a captar a atenção de novos tipos de turistas. A juntar a este dinamismo e como binómio do sucesso, “deve-se também destacar a melhoria da qualidade dos serviços, consequência da melhor formação e do refinamento da aprendizagem, fruto do incremento constante de turistas e de profissionais” - refere o estudo WMARKET.