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Faltam escritórios em Lisboa e no Porto

3 de outubro de 2016

Existe uma evidente escassez na oferta de escritórios não só em Lisboa mas também no Porto.

A absorção de escritórios, em Lisboa, aumentou 57%, no primeiro semestre de 2016, face ao mesmo período em 2015, o que acentuou a descida da taxa de disponibilidade de espaços para arrendamento para 10,4%.

A disponibilidade de espaços de qualidade e com grandes áreas é cada vez menor na capital. Apenas a zona do Corredor Oeste de Lisboa possui áreas de maior dimensão, mas devido à fraca rede de transportes públicos, esta zona não tem sido considerada pelas grandes empresas de outsourcing, que lideram actualmente a procura de escritórios. Entre os principais negócios do semestre destaque para a mudança do Grupo Global Media para as Torres de Lisboa, com uma área de 5.137 m2, uma operação assessorada pela CBRE.

De acordo com a Perspectiva Imobiliária, estudo elaborado por aquela consultora internacional, o principal motivo de ocupação de espaços de escritórios, em Lisboa, continua a ser a mudança de instalações, representando 52% dos negócios realizados. Contudo, o peso destas operações desceu, tendo sido registado um aumento significativo dos negócios de expansão de espaço.

O valor das rendas prime manteve-se estável, apesar da fraca taxa de disponibilidade, por não existir no mercado espaços de qualidade disponíveis, que permitam impulsionar um aumento. Excepção para para o Corredor Oeste, com um aumento da renda prime de 14%, e o Parque das Nações, com um aumento de 3%.

Apesar dos resultados do primeiro semestre de 2016, a CBRE prevê que o nível de absorção não se mantenha no segundo semestre do ano. À excepção da expansão da sede do Santander na Praça de Espanha, não existe mais nenhum edifício com previsão de conclusão para este ano, pelo que se manterá a escassez de espaços disponíveis. Apesar de existirem vários edifícios em construção ou com planos de remodelação para 2017, do total de 74.000 m2 de novos espaços que estão previstos entrar no mercado em 2017, 65% já estão pré-arrendados.

 

Porto: preços vão subir...

 

Na cidade do Porto, a  procura mantém-se muito activa, nomeadamente por parte de empresas de outsourcing, de indústrias criativas e tecnológicas. Simultaneamente, a disponibilidade de escritórios para arrendamento também é escassa incentivando a reabilitação e reconversão de alguns edifícios para escritórios. Neste sentido, a CBRE prevê uma pressão de subida do valor da renda prime no curto prazo.