CONSTRUÍMOS
NOTÍCIA
Escritórios

 

Ocupação de escritórios melhorou em Fevereiro mas mercado ainda sob pressão

15 de março de 2021

O desempenho do mercado de escritórios em Fevereiro foi mais favorável do que em Janeiro, quer em Lisboa quer no Porto, mas a situação de confinamento geral continua a exercer uma pressão assinalável sobre este sector.

De acordo com os mais recentes resultados do Office Flashpoint da JLL, no acumulado do ano, a ocupação em Lisboa atinge 9.700 m2, numa queda de 72% face ao período homólogo, enquanto no Porto a actividade soma 1.100 m2, recuando 86%.

Para Mariana Rosa, Head of Leasing Markets Advisory da JLL, "a actividade nestes dois primeiros meses do ano acontece num quadro de um novo confinamento. Numa situação destas, naturalmente, as empresas optam por adiar as suas decisões de ocupação de escritórios. De qualquer forma, é assinalável que, mesmo neste contexto, Fevereiro tenha trazido melhoria face a Janeiro. É sinal de que a procura existe efetivamente".

E acrescenta: "Acreditamos que março seja ainda um mês de menor actividade face ao ano anterior, mas em melhoria face a Fevereiro, reflectindo já o impacto do início do desconfinamento. Se é verdade que esse mês ainda não terá novidades a nível da obrigatoriedade do teletrabalho, também é verdade que o levantamento parcial do confinamento geral deverá melhorar a confiança das empresas, reflectindo-se na ocupação".

Em Fevereiro, a ocupação em Lisboa ascendeu a 7.700 m2, três vezes mais do que a actividade registada em Janeiro, mas ainda assim registando um decréscimo de 62% face ao mês homólogo. No Porto, o take-up em Fevereiro atingiu os 650 m2, mantendo a actividade em níveis baixos, mas ainda assim superando quer o mês anterior (+35%) quer o mês homólogo (+40%).

Nos dois primeiros meses de 2021, Lisboa registou um total de 13 operações, com uma área média de 750 m2. A maior parte da ocupação (66%) realizou-se no Parque das Nações (zona 5), sendo o sector de “Consultores e Advogados” o mais dinâmico, com 56% do take-up.

No Porto, o acumulado do ano regista 4 negócios, reflectindo uma área média de 300 m2. Neste mercado, a zona mais activa foi o CBD- Boavista (zona 1), com 57% do take-up, e a procura foi liderada por empresas do sector financeiro, representando também 57% da absorção.

Em Fevereiro, a ocupação em Lisboa ascendeu a 7.700 m2, três vezes mais do que a actividade registada em Janeiro, mas ainda assim registando um decréscimo de 62% face ao mês homólogo. O mês contou com oito operações, das quais duas com áreas superiores a 1.000 m2, o que permitiu ao mercado atingir uma área média de 960 m2. O Parque das Nações (zona 5) foi o destino preferencial das empresas, com 84% da ocupação no mês, ao passo que o sector de “Consultores e Advogados” foi o mais activo entre a procura, acolhendo a maior operação do mês.

No Porto, o take-up em Fevereiro atingiu os 650 m2, mantendo a atividade em níveis baixos, mas ainda assim superando quer o mês anterior (+35%) quer o mês homólogo (+40%). Esta actividade configurou apenas uma operação.