Mercado de escritórios no 1º trimestre de 2020 (pré-Covid-19) registou um aumento de 7%
O take up do mercado de escritórios no 1º trimestre de 2020 (pré-Covid-19) registou um aumento de 7% face ao período homólogo. A zona com maior variação de ocupação foi a zona 6 (Corredor Oeste), que registou 11.507 m² dos 41.780 m² colocados neste 1º trimestre.
De acordo com o relatório da Worx – Real Estate Consultants, a consultora reforça a sua posição no mercado de escritórios sendo responsável por cerca de 32% dos negócios efectuados neste 1º trimestre de 2020, realçando o seu posicionamento.
Os negócios mediados pela Worx representam mais de um terço do take up total, que se traduz em cerca de 16.700 m². Das 6 maiores operações registadas neste 1º trimestre, a Worx mediou 3 das mesmas, uma delas com aproximadamente 6.200 m², a maior transacção do ano.
Para perceber o impacto da pandemia no sector de escritórios, a Worx realizou um questionário a empresas em procura activa, cerca de 36% dos inquiridos considera fazer sentido repensar as necessidades de espaço da empresa, (entre 10% a 20% da sua ocupação actual) uma vez que o teletrabalho tem funcionado relativamente bem. Assim, prevê-se que as organizações comecem a procurar espaços mais reduzidos, optimizando os seus espaços actuais ao terem parte dos colaboradores a trabalhar remotamente, conseguindo melhorar a eficiência ao nível dos seus custos fixos.
Pedro Salema Garção, Head of Agency da Worx, afirma que “o mercado de escritórios pode (e deve) aproveitar esta fase para mudar o seu ponto de vista e descobrir oportunidades em períodos de contenção. Estamos a viver um momento de indefinição, mas acreditamos que esta crise vai ser ultrapassada e que durante o ano de 2021 o mercado de escritórios irá recuperar rapidamente”.
Pedro Salema Garção refere ainda: “prevê-se que durante o próximos trimestre o número de operações diminua, assistindo a uma recuperação no segundo semestre de 2020”. Nesta altura é provável que as organizações adiem a mudança de instalações aguardando por um ajustamento no valor das rendas, o que é de alguma forma expectável. No entanto, e tendo em conta a escassez de oferta de escritórios, não assistiremos a uma descida muito acentuada no valor das rendas, prevendo-se uma descida de cerca de 10 a 15%, dependendo da localização. Adicionalmente, reforça a mensagem de que “as empresas internacionais vão continuar a investir em Portugal uma vez que manteremos o factor “mão de obra qualificada” aliado aos excelentes projectos que temos planeados para o futuro”.