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Falta de oferta de escritórios trava crescimento dos níveis de ocupação no final do ano

 

Falta de oferta de escritórios trava crescimento dos níveis de ocupação no final do ano

16 de dezembro de 2019

No final do ano, a ocupação de escritórios em Lisboa mantém-se robusta, acumulando um take-up de 171.884 m2, no entanto a falta de oferta e baixa disponibilidade do stock travam crescimento de ocupação.

A ocupação dos espaços, 22% foram tomados pelas empresas de "TMT's & Utilities", 21% pelas empresas de "Serviços da Empresas" e outros 18% pela área de "Consultores e Advogados". Ainda assim, a ocupação apresenta um decréscimo de 10% face ao mesmo período acumulado de 2018. Os dados são avançados no mais recente Office Flashpoint da JLL, consultora que é responsável pela colocação de 38% da área negociada neste acumulado de 11 meses, assumindo uma posição de liderança neste mercado.

"No actual cenário de falta de novos escritórios para ocupação imediata, e de um stock com disponibilidade em mínimos históricos (aproximadamente 5%), acaba por ser uma boa notícia para o mercado chegarmos a um mês do final do ano com uma contracção de apenas 10% no take-up do ano anterior. Aliás, só ao longo do último trimestre é que o mercado tem vindo a perder algum ritmo. Isto quer dizer que, mesmo com estes constrangimentos, a actividade está bastante forte e a procura não dá sinais de abrandar, com uma dinâmica especialmente interessante das empresas de shared services e da área tecnológica", comenta Mariana Rosa, Head of Office /Logistics Agency & Transaction Management da JLL.

No acumulado do ano contabilizam-se 153 operações, com uma área média de 1.123 m2, sendo o Corredor Oeste (zona 6) e o Prime CBD (zona 1) as duas localizações mais dinâmicas ao longo do ano, com uma concentração de 26% e 23% da área ocupada, respetivamente.

O desempenho do mercado no mês de Novembro evidencia a tendência de abrandamento sentida especialmente nos últimos dois meses, registando um take-up de 11.783 m2, ou seja, -19% do que a área tomada em Outubro e -55% do que no mesmo mês de 2018. Não obstante, o número de operações registadas em Novembro, um total de 18, cresceu bastante face ao mês anterior (6), embora a área média por operação tenha diminuído para 655 m2.

Neste mês, a actividade concentrou-se sobretudo na zona histórica (zona 4) e no Corredor Oeste (zona 6), com a primeira a captar 38% da ocupação, influenciada por uma operação de 3.400 m2. A zona 6 captou outros 26%, destacando-se a ocupação da Nokia no Edifício Tyr, com cerca de 3.000 m2. Tal como no acumulado do ano, o sector de “TMT’s & Utilities” concentrou a maior parte do take-up do mês, sobretudo devido ao previamente referido negócio da Nokia, representando 32% da actividade de Novembro. As empresas do ramo “Farmacêutico & Saúde” constituíram o sector com segunda maior representatividade, com 16% da actividade.