Falta de oferta de escritórios trava crescimento dos níveis de ocupação no final do ano
No final do ano, a ocupação de escritórios em Lisboa mantém-se robusta, acumulando um take-up de 171.884 m2, no entanto a falta de oferta e baixa disponibilidade do stock travam crescimento de ocupação.
A ocupação dos espaços, 22% foram tomados pelas empresas de "TMT's & Utilities", 21% pelas empresas de "Serviços da Empresas" e outros 18% pela área de "Consultores e Advogados". Ainda assim, a ocupação apresenta um decréscimo de 10% face ao mesmo período acumulado de 2018. Os dados são avançados no mais recente Office Flashpoint da JLL, consultora que é responsável pela colocação de 38% da área negociada neste acumulado de 11 meses, assumindo uma posição de liderança neste mercado.
"No actual cenário de falta de novos escritórios para ocupação imediata, e de um stock com disponibilidade em mínimos históricos (aproximadamente 5%), acaba por ser uma boa notícia para o mercado chegarmos a um mês do final do ano com uma contracção de apenas 10% no take-up do ano anterior. Aliás, só ao longo do último trimestre é que o mercado tem vindo a perder algum ritmo. Isto quer dizer que, mesmo com estes constrangimentos, a actividade está bastante forte e a procura não dá sinais de abrandar, com uma dinâmica especialmente interessante das empresas de shared services e da área tecnológica", comenta Mariana Rosa, Head of Office /Logistics Agency & Transaction Management da JLL.
No acumulado do ano contabilizam-se 153 operações, com uma área média de 1.123 m2, sendo o Corredor Oeste (zona 6) e o Prime CBD (zona 1) as duas localizações mais dinâmicas ao longo do ano, com uma concentração de 26% e 23% da área ocupada, respetivamente.
O desempenho do mercado no mês de Novembro evidencia a tendência de abrandamento sentida especialmente nos últimos dois meses, registando um take-up de 11.783 m2, ou seja, -19% do que a área tomada em Outubro e -55% do que no mesmo mês de 2018. Não obstante, o número de operações registadas em Novembro, um total de 18, cresceu bastante face ao mês anterior (6), embora a área média por operação tenha diminuído para 655 m2.
Neste mês, a actividade concentrou-se sobretudo na zona histórica (zona 4) e no Corredor Oeste (zona 6), com a primeira a captar 38% da ocupação, influenciada por uma operação de 3.400 m2. A zona 6 captou outros 26%, destacando-se a ocupação da Nokia no Edifício Tyr, com cerca de 3.000 m2. Tal como no acumulado do ano, o sector de “TMT’s & Utilities” concentrou a maior parte do take-up do mês, sobretudo devido ao previamente referido negócio da Nokia, representando 32% da actividade de Novembro. As empresas do ramo “Farmacêutico & Saúde” constituíram o sector com segunda maior representatividade, com 16% da actividade.