Escritórios: Empresas necessitam aumentar a área ocupada
Em Agosto, o principal motor para a actividade no mercado de escritórios foi a necessidade das empresas em aumentar a área ocupada, revela a JLL no seu mais recente Office Flashpoint.
Assim, dos 11.193 m2 transaccionados no mês, 53% foram gerados em operações de expansão de área, a que acrescem outros 5% motivados pela entrada de novas empresas em Lisboa. A mudança de instalações representou 42% do take-up mensal. Com os resultados do mês de Agosto, o acumulado do ano (Janeiro a Agosto) regista agora um take-up de 136.008 m2, cerca de 7% acima do ano anterior. A JLL mantém-se como uma das consultoras líderes neste mercado, sendo responsável por 37% da área ocupada neste período.
Segundo Mariana Rosa, Head of Office & Logistics/Agency & Transaction Manager da JLL, "o facto de a maioria do take-up ser gerado na expansão de área é uma excelente notícia para o mercado, pois mostra que há um crescimento real da economia e uma maior confiança das empresas. Ambos são drivers cruciais para o crescimento sustentando de qualquer mercado e deixam antecipar outro bom ano para a absorção de escritórios, mesmo num cenário em que a nova oferta, apesar de crescente, ainda é um desafio".
Em linha com a tendência de anos anteriores, a actividade em Agosto mostrou, contudo, uma desaceleração quer face ao período homólogo (-14%) quer ao mês anterior (-24%). Contabilizaram-se no mês em análise 12 operações, com uma área média de 933 m2. A zona 2 (CBD) liderou (36% do take-up), sobretudo devido à operação de instalação de uma reconhecida empresa de prestação de serviços no edifício Barbosa do Bocage 85 (3.628 m2), a qual foi mediada pela JLL, encarregue ainda do Project Management das novas instalações, cujo Design está em execução pela Tétris (grupo JLL). A zona 7 (outras zonas) esteve também especialmente dinâmica (34% da absorção), acolhendo a maior operação do mês, nomeadamente a ocupação de várias entidades estatais no edifício Santa Marta, 55 (3.853 m2). Em termos da procura, as “TMT’s & Utilities”, segmento que incluiu a empresa protagonista da já referida operação no edifício Barbosa do Bocage 85 e a Endesa (que ocupou 1.364 m2 no edifício Q 53 – Dom Manuel I, na zona 6), foram as mais ativas, com 47% da ocupação. O sector do “Estado, Europa e Associações” foi o segundo sector da procura mais representado (34%).
O relatório da consultora indica ainda que em termos acumulados, somam-se 116 operações com uma área média por transacção de 1.172 m2, Neste período, a zona 6 (Corredor Oeste) mantém-se como o eixo de maior dinâmica (24% da ocupação registada no ano), seguida pela zona 5 (Parque das Nações), que concentra 20% da ocupação, e pela zona 1 (Prime CBD), com 19% do total. As empresas de “Serviços Financeiros”, as “TMT’s & Utilities” e o “Estado, Europa e Associações” são os segmentos de procura mais activos ao longo do ano, com quotas na absorção de entre 20% s 18%.