Castelo de V. Nova de Cerveira espera propostas de reabilitação
O Concurso para aceitação de propostas de concessão do Castelo de Vila Nova de Cerveira numa unidade hoteleira de charme termina no próximo dia 5 de Junho. O histórico imóvel nas margens do rio Minho é um dos 33 imóveis inscritos no Programa REVIVE, que o Governo lançou em 2016, através da iniciativa conjunta dos ministérios da Economia, Cultura e Finanças com a colaboração das autarquias locais. Pretende-se com este programa valorizar e recuperar o património sem uso, reforçando a atractividade da regiões onde os imóveis se localizam.
A duração da concessão abrange um período de 50 anos e a renda mínima anual exigida por parte do Estado é de 13.260 euros.
Uma origem que data do séc. XIII
A origem da fortificação remonta muito provavelmente em séc. XIII., que na altura seria apenas uma torre de menagem de vigilância, tendo sido ampliado e transformado ao longo dos séculos. “O castelo apresenta uma planta com a forma ovalada, típica do estilo gótico, com muralhas em aparelho de pedra coroadas por ameias, percorridas por adarve, reforçadas por oito cubelos de planta quadrangular, destacando-se os restos de um dos antigos matacães e os vestígios da antiga torre de menagem. O castelo é acedido por duas portas ligadas entre si por um arruamento (a Rua Direita). Destacam-se a elegante porta da barbacã (Porta da Vila) em arco ogival, encimada pelo escudo de armas de D. Dinis, a Sul, comunicando com o terreiro da feira; a Porta da Traição, simples postigo, a Norte, comunicando com a margem do rio, erguendo-se no seu interior os edifícios da Casa da Câmara e Cadeia, o pelourinho, a Igreja da Misericórdia, os quartéis, paióis e a cisterna. Na entrada principal da barbacã, encontra-se a Capela de Nossa Senhora da Ajuda.
A área de construção a reabilitar é de cerca de 4.224 m2, existindo todo um espaço exterior disponível que se estende ao longo de uma área com aproximadamente 3.100 m2.
Segundo a apresentação do concurso, a reabilitação do castelo será uma mais-valia “uma vez que possibilitará a fruição destes espaços agora esquecidos, evitando assim a sua degradação e consequente perda, bem como permitirá devolver o monumento à cidade, preservando o seu papel enquanto elemento diferenciador na paisagem”.
A recuperação do imóvel, “não será apenas uma mais-valia para a cidade, mas também, num âmbito mais alargado, para o concelho, tendo em conta que esta região não dispõe de muitos alojamentos turísticos de elevada qualidade e, principalmente, com as características arquitectónicas singulares patentes no edifício e envolvente, bem como o cenário privilegiado e as potencialidades que este monumento evidência”.