

Brexit faz duplicar o investimento inglês no Porto
Brexit não assusta mercado imobiliário no Norte: número de clientes britânicos duplicou. Quem o afirma é Miguel Aguiar, CEO da KW Business, empresa imobiliária do Norte.
O responsável refere que o processo do Brexit terá consequências inevitáveis em vários sectores da economia nacional e o imobiliário não será excepção. No entanto, nem sempre esse impacto será negativo. Miguel Aguiar considera que o Brexit acabará por ser positivo para o mercado imobiliário português “muito por razões de estabilidade política e vantagens fiscais de que podem aqui beneficiar”, frisando ainda que “outros factores como o clima ameno e a segurança que se vive no País também contribuem para que os britânicos olhem para Portugal como uma alternativa muito viável”.
A KW Business avança que a procura de imóveis no Norte de Portugal por parte de cidadãos britânicos tem vindo a subir de forma sustentada. O responsável adianta que em 2018 esse crescimento fixou-se nos 2,5%, duplicando os valores registados em 2017. A empresa tem registado uma procura crescente por parte de clientes estrangeiros, provenientes de paragens como o Brasil, França, a China, o Vietname, Estados Unidos, Noruega, Argentina, Venezuela, Angola, ou a Rússia, o mesmo acontecendo com os naturais do Reino Unido.
Traçando um perfil do cliente inglês, trata-se, regra geral, de pessoas acima dos 50 anos, ou já reformadas, que procuram em Portugal pequenas quintas de charme ou moradias junto ao mar. De acordo com os dados da KW Business, é um cliente com poder de compra acima da média, que procura produtos de qualidade e, em muitos dos casos, para residência permanente, ou para dividir o tempo entre os dois países.
A KW Business tem vindo a registar um crescimento assinalável em 2018, prevendo-se uma subida do volume de negócios em cerca de 50%, ascendendo aos 412 milhões de euros. Para Miguel Aguiar, “este crescimento supera as nossas expectativas iniciais e vem demonstrar o dinamismo que se verifica no sector imobiliário, e que, acredito, continuará numa curva ascendente ao longo de 2019”. “Deve-se também em muito aos grandes investimentos do Grupo na formação dos seus agentes assim como na divulgação dos imóveis”, concluiu.