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Associações optimistas sobre futuro da reabilitação urbana

 

Associações optimistas sobre futuro da reabilitação urbana

29 de outubro de 2016

As associações ligadas ao sector imobiliário manifestaram-se hoje otimistas sobre o futuro da reabilitação urbana em Portugal, considerando que os programas públicos anunciados pelo Governo podem colmatar a falha de mercado existente no financiamento.

“A reabilitação urbana está muito longe de ter a dinâmica que devia ter”, afirmou o presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), Reis Campos, à margem do 19.º Congresso Nacional da Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção (APCMC), que decorreu em Lisboa, subordinado ao tema “Responder às Exigências do Mercado da Reabilitação”.

 

Reabilitação: o sector mais dinâmico

 

Já o presidente da direcção da APCMC, Afonso Caldeira, declarou que “o mercado da reabilitação é há vários anos uma prioridade”, que representa para os comerciantes de materiais de construção “o segmento mais importante e mais dinâmico”.

Neste sentido, Afonso Caldeira disse que o futuro da reabilitação urbana tem que estar direccionado a um investimento da melhoria da eficiência energética dos imóveis.

Actualmente, o Governo tem em curso três programas dirigidos a conjuntos de edifícios diferentes: o Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas (IFRRU), o Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado (FNRE) e o programa Casa Eficiente.

Além destes três, existe também o programa Reabilitar para Arrendar – Habitação Acessível, do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU).

 

Problema está no financiamento…

Presente no 19.º Congresso Nacional da APCMC, o vogal do conselho directivo do IHRU Luís Maria Gonçalves, defendeu que, “em Portugal, a reabilitação urbana não só veio para ficar como ainda tem, garantidamente, margem para crescer o dobro ou triplo daquilo que é actualmente”.

“Não é fácil fazer acontecer a reabilitação”, devido ao financiamento, advogou Luís Maria Gonçalves, argumentando que os proprietários dos imóveis encontram-se “descapitalizados”, fruto do congelamento das rendas, e os bancos estão apreensivos, por causa da anterior crise do imobiliário.

Deste modo, o responsável do IHRU afirmou que os programas públicos podem colmatar a falha de mercado no financiamento, revelando que o programa Reabilitar para Arrendar tem “100 processos em curso em todo país, mas junto sobretudo do centro histórico de Lisboa e do Porto”.

Para o presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), Luís Lima, uma das peças chave para a reabilitação urbana foi o alojamento local, impulsionado sobretudo pelo investimento estrangeiro.

“Se não cometermos nenhuma asneira, a reabilitação urbana vai ter um futuro”, declarou Luís Lima.

Com uma perspectiva semelhante, o presidente do Turismo de Lisboa, Victor Costa, enalteceu o papel do alojamento local na reabilitação do centro histórico da capital, recusando a ideia de que agora “existem turistas a mais”.

“O alojamento local veio ocupar um espaço que estava vazio. Na Baixa de Lisboa não foram expulsos moradores, porque não havia moradores nenhuns”, frisou Victor Costa.

Lusa/DI