APPII promoveu debate sobre "The alternatives, challenges and opportunities in Portugal"
A Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários (APPII) organizou ontem ao final da tarde, em Lisboa, um workshops sob o lema: “Are you brave?” (É corajoso?).
O evento, de designação algo misteriosa, levou ao ‘rooftop’ do edifício Victoria, na Avenida da Liberdade muitas dezenas de profissionais do sector interessados em ouvir por parte de grandes operadores internacionais e nacionais aquelas que são as novas tendências no mercado imobiliário.
Co-living, co-working, residências de estudantes ou residências assistidas são tendências ou já realidades prementes do mercado imobiliário. O núcleo de oradores que a APPII reuniu para falar sobre cada um destes temas traçou um quadro realista do que são as oportunidades, as contingências, condicionantes e riscos de cada um destes novos mercados.
Segundo a APPII, “há uma notável mudança de sentimento no sector imobiliário em relação a segmentos alternativos como o co-working, co-living, moradia estudantil e vida assistida”. “Esses produtos saíram das linhas laterais da indústria para estar na vanguarda do investimento e desenvolvimento em toda a Europa”. Por isso mesmo, “a procura por investimento em alternativas mais que dobrou” e “esta é uma evolução importante da sociedade e do sector imobiliário, que deverá crescer e se consolidar no futuro”.
Novos conceitos, novos mercados: o futuro está aí...
Segundo Hugo Santos Ferreira, vice-presidente executivo da APPII, a razão da realização do workshop prende-se com o facto de a associação entender que estes mercados alternativos aos tradicionais – residencial, escritórios – não eram já uma tendência mas uma realidade. “E, portanto, reunimos alguns dos principais operadores de co-living, student housing e residências assistidas da Europa para nos falarem desta realidade. Realidade que mobiliza já na Europa alguns milhares de milhões de euros de investimento” - afirma. A APPII achou que era tempo de se fazer esta discussão em Portugal.
O dirigente da APPII refere a importância de, entre os oradores, haver alguns promotores portugueses com créditos já firmados nestes mercados alternativos. Refere que o co-working é já um conceito que se tem traduzido em alguns projectos de sucesso no nosso país, mas sublinha que o co-living é um conceito mais difícil de apreender e implantar, até porque está muito dependente da mentalidade das pessoas.
Segundo Nuno Santos Ferreira, a organização deste workshop insere-se dentro de uma série de inciativas que a associação tem vindo a promover e irá promover no futuro. “Muitos dos eventos que organizamos realizam-se à porta fechada só para associados – refere – mas este era um tema que não devia ser debatido intraportas e por isso o abrimos a todo o sector imobiliário”.