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Corticeira Amorim

Vendas da Corticeira Amorim caem 4,7%

25 de fevereiro de 2025

As vendas consolidadas da Corticeira Amorim totalizaram 939,1 milhões de euros em 2024, um decréscimo de 4,7% face ao ano anterior. A empresa atribui este decréscimo ao contexto adverso do mercado.

Todas as Unidades de Negócio registaram uma contração das vendas, com excepção da Amorim Cork Composites, cujas vendas cresceram 2,7%.  As vendas da Amorim Cork totalizaram 732,3 milhões de euros, representando 76% das vendas consolidadas da Corticeira Amorim.

O EBITDA consolidado atingiu 157,6 milhões de euros, enquanto a margem EBITDA se cifrou em 16,8% (FY2023: 18,0%), penalizada sobretudo pelos efeitos dos menores níveis de actividade, do aumento dos preços de consumo de matérias-primas cortiça e da qualidade da cortiça de alguns lotes trabalhados. De salientar o contributo positivo para a rentabilidade decorrente de maiores eficiências industriais, de melhoria do mix e de menores custos de matérias-primas não cortiça.

Após resultados atribuíveis aos interesses que não controlam, a Corticeira Amorim encerrou o ano de 2024 com um resultado líquido de 69,7 milhões de euros, uma redução de 21,6% face ao período homólogo, penalizado também pelo aumento dos encargos financeiros decorrentes do maior endividamento médio. Os resultados não-recorrentes ascenderam a 1,4 milhões de euros.

No final de Dezembro, a dívida remunerada líquida ascendia a 195,7 milhões de euros, uma redução de 45,2 milhões de euros face ao final de Dezembro de 2023 (240,8 milhões de euros), impactada favoravelmente pela redução das necessidades de fundo de maneio (16,4 milhões de euros) e pela venda da Timberman (18,9 milhões de euros).


António Rios de Amorim, Presidente e CEO da Corticeira Amorim

"Num contexto de mercado desfavorável, com acrescida incerteza e volatilidade, a resiliência da Corticeira Amorim e a contínua acção visando a melhoria da eficiência operacional e a optimização do mix, revelaram-se determinantes em 2024. O ano foi também marcado pela aquisição da Intercap S.r.l., especializada na produção de cápsulas de surbouchage para espumantes e vinhos tranquilos, que reforça as nossas competências e a abrangência da nossa oferta no segmento de vinhos espumantes. De salientar a reorganização do negócio "não rolhas" numa única Unidade de Negócio, a Amorim Cork Solutions, potenciadora de sinergias a todos os níveis, e a adopção de um novo modelo de distribuição nos revestimentos, privilegiando uma rede internacional de distribuidores em detrimento de empresas de distribuição próprias, o que implicou a alienação da participação detida na Timberman Denmark A/S.

No âmbito da sustentabilidade, o ano foi de decisões e ações estruturantes. Conduzimos uma análise de dupla materialidade, envolvendo a consulta aos nossos stakeholders, que constituiu um passo crucial para a definição da nova estratégia ESG e ambição para 2030. Antecipando a implementação da CSRD, decidimos adotar, já em 2024, as normas ESRS para o relato do ano. Foram também desenvolvidos múltiplos projetos, entre os quais a certificação FSC® pela Herdade de Rio Frio, a internalização do cálculo da pegada de carbono e o alargamento das certificações externas dos nossos sistemas de Gestão da Responsabilidade Social.

Encaramos com optimismo o ano de 2025, que se afigura igualmente desafiante. Acreditamos estar numa posição privilegiada para converter desafios em oportunidades, diferenciando-nos dos nossos concorrentes, respondendo com responsabilidade e qualidade à confiança dos nossos clientes. Após dois anos consecutivos de forte inflação da matéria-prima cortiça, o resultado da campanha de 2024 foi mais favorável. O negócio "rolhas" deverá continuar condicionado pela evolução do consumo global, mas as melhorias do mix de produto, as iniciativas de melhoria da estrutura de custos e ganhos de eficiência operacional deverão traduzir-se em aumentos de rentabilidade. O novo modelo organizativo da Amorim Cork Solutions deverá fortalecer o negócio "não rolhas", garantido uma maior flexibilidade operacional, otimizando os ativos existentes e potencializando a valorização da cortiça como matéria-prima de referência", explica António Rios de Amorim, Presidente e CEO da Corticeira Amorim.