Restaurantes e Alojamentos com quebras de 90% na facturação em Março
Em Março, no segundo confinamento, 49% das empresas de Restauração e 49% das empresas de Alojamento registaram quebras de faturação acima de 90%, revela o inquérito mensal da AHRESP.
A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, revela que as empresas da restauração e similares e do alojamento turístico atravessam o seu período mais difícil de sempre. Os números apresentados comprovam.
Restauração e Similares:
- 52% das empresas indicam estar com a actividade totalmente encerrada;
- 29% das empresas ponderam avançar para insolvência, dado que as receitas realizadas e previstas não permitirão suportar todos os encargos que decorrem do normal funcionamento da sua actividade;
- Para as empresas inquiridas, a quebra de facturação do mês de março foi avassaladora: 49% das empresas registaram perdas acima dos 90%;
- Como consequência da forte redução de facturação, 14% das empresas não conseguiram efectuar o pagamento dos salários em março e 14% só o fez parcialmente;
- Perante esta realidade, 43% das empresas já efetuaram despedimentos desde o início da pandemia. Destas, 16% reduziram em mais de 50% os postos de trabalho a seu cargo. 8% das empresas assumem que não vão conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final do mês de Junho;
·Alojamento Turístico:
- 29% das empresas indicam estar com a actividade suspensa;
- Em Março, 49% não registou qualquer ocupação, e 28% indicou uma ocupação até 10%. Para o mês de abril, 38% das empresas estimam uma taxa de ocupação zero, e 28% das empresas perspectivam uma ocupação máxima de 10%;
- 17% das empresas ponderam avançar para insolvência por não conseguirem suportar todos os normais encargos da sua actividade;
- Para as empresas inquiridas, a quebra de facturação do mês de Março foi devastadora: 49% das empresas registaram perdas acima dos 90%;
- Como consequência da forte redução de facturação, 27% das empresas não conseguiram efectuar pagamento de salários em Março e 6% só o fez parcialmente;
- Ao nível do emprego, 28% das empresas já efectuaram despedimentos desde o início da pandemia. Destas, 38% reduziram em mais de 50% os postos de trabalho a seu cargo. 6% das empresas assumem que não vão conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final do mês de Junho;
A AHRESP indica ainda que apesar dos contributos positivos que o desconfinamento confere, os números deste inquérito "mostram, uma vez mais, que é absolutamente necessário robustecer os apoios às empresas, e disponibilizar incentivos ao consumo".