Lisboa: 30 novos hotéis vão surgir até 2020
Segundo o estudo lançado pelas consultoras PwC e a ESSENTIA, "INSIDE(R) Lisboa – Hotelaria Conceptual, Turismo e Imobiliário", estão em pipeline mais de 30 hotéis para a cidade de Lisboa, até 2020.
O relatório indica que esta oferta vai adicionar cerca de 3.100 novos quartos à oferta actual. Atentando estes novos projectos, 80% destes correspondem a hotéis de quatro e cinco estrelas, com as marcas nacionais a capturaram 75% da oferta total em pipeline.
De acordo o estudo, nos últimos cinco anos a Área Metropolitana de Lisboa registou um aumento de 22% no número de estabelecimentos hoteleiros, totalizando actualmente 2.751 hotéis, 27.266 quartos e 57.231 camas.
Apesar do crescimento da hotelaria tradicional, a PwC e a ESSENTIA avançam que se verifica a emergência de soluções alternativas. "A necessidade de investimento em opções que permitam aos líderes salvaguardar os seus retornos, começa a ser uma tendência neste sector, ao mesmo tempo que se observa uma crescente aposta em propriedades secundárias, com um risco operacional associado. A necessidade de obtenção de retornos está a empurrar o sector para soluções alternativas, ou de nicho, que actualmente capturam maior atenção, devido à mudança na demografia, levando o sector a mover-se na direcção de activos operacionais e propriedade enquanto serviço, o que impulsionou o investimento em projectos mais personalizados e direccionados. Prova disso é que a hotelaria indiferenciada se encontra em 13º lugar nas perspectivas sectoriais de investimento e desenvolvimento para 2019, contudo, se olharmos para as preferências ao nível dos nichos de mercado, os hotéis aparecem em segundo lugar", lê-se no documento.
Este interesse crescente no investimento hoteleiro da capital, deve-se com base nos dados recolhidos, de um maior reconhecimento de Lisboa que se reflecte em vários sectores que posicionam a capital como um destino internacionalmente atractivo para investimento e como uma referência no turismo. Este reflecte-se no crescimento dos principais indicadores turísticos e no aumento do RevPAR potenciado pelo aumento do preço médio, em 2017 e nos primeiros nove meses de 2018.
Desde 2014 que o sector do turismo em Portugal tem vindo a revelar uma evolução positiva, com o crescimento dos principais indicadores turísticos, nomeadamente o volume de hóspedes e dormidas, o preço médio por quarto (ARR), as receitas por quarto disponível (RevPAR) e as receitas do turismo.
Segundo as estimativas para 2019, da "INSIDE(R) Lisboa – Hotelaria Conceptual, Turismo e Imobiliário", os mercados identificados como mais activos, não são necessariamente os que têm maiores perspectivas de desenvolvimento e nem, aparentemente, maior investimento captado.
"A estratégia deverá passar por investir em activos em cidades com boas oportunidades de investimento, como por exemplo, Berlim, Hamburgo, Frankfurt ou Munique, sem que estas se encontrem demasiado inflacionadas. Uma das principais tendências para 2019 prende-se com a diversificação do portefólio de investimento em cidades maiores e mais consolidadas, combinadas com novos mercados, mais pequenos e que possam apresentar oportunidades atractivas de retorno do investimento, como Lisboa e Helsínquia", refere o estudo.