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Até ao Covid-19, a actividade turística estava em aceleração

 

Até ao Covid-19, a actividade turística estava em aceleração

15 de abril de 2020

O INE - Instituto Nacional de Estatística revela hoje, que em Fevereiro, o alojamento turístico registou 1,6 milhões de hóspedes e 3,8 milhões de dormidas, mais 15,3% e 14,7%, em termos homólogos e mais 12,0% e 7,7% em relação ao mês anterior.

O serviço nacional de estatística indica ainda que as dormidas de residentes aumentaram 26,4% (+11,8% em Janeiro) e as de não residentes cresceram 9,5% (+5,8% no mês anterior).

Ainda em Fevereiro, a estada média (2,41 noites) reduziu-se 0,5% (+2,2% no caso dos residentes e +1,2% no de não residentes). Já a taxa líquida de ocupação (35,1%) aumentou 1,6 p.p. (+0,8 p.p. em Janeiro). Os proveitos totais cresceram 12,8% (+6,9% em Janeiro), atingindo 194,3 milhões de euros. Os proveitos de aposento fixaram-se em 138,1 milhões de euros, aumentando 15,1% (+8,3 % no mês anterior).

O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) aumentou 5,5% para 28,3 euros (+4,0% no mês anterior). O rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 66,1 euros, aumentando 3,4% (+2,0% no mês anterior).

No mês em análise, considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 1,7 milhões de hóspedes e 4,2 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 15,9% e 15,2%, respectivamente (+12,0% e +8,1% em Janeiro, pela mesma ordem).

As dormidas na hotelaria (83,3% do total) aumentaram 13,7%. As dormidas nos estabelecimentos de alojamento local (peso de 14,5% do total) cresceram 17,5% e as de turismo no espaço rural e de habitação (quota de 2,3%) aumentaram 42,1%. As dormidas em hostels registaram um crescimento de 12,5% em Fevereiro, representando 22,6% das dormidas em alojamento local e 3,3% do total de dormidas nos estabelecimentos de alojamento turístico.

O mercado interno contribuiu com 1,3 milhões de dormidas, o que representou um crescimento de 26,4% (+11,8% em Janeiro). As dormidas dos mercados externos (peso de 66,0%) cresceram 9,5% (+5,8% no mês anterior) e atingiram 2,5 milhões.

No conjunto dos dois primeiros meses do ano, verificou-se um aumento de 11,4% das dormidas totais, resultante de variações de +19,3% nos residentes e de +7,8% nos não residentes.

Os dezasseis principais mercados emissores representaram 85,8% das dormidas de não residentes nos estabelecimentos de alojamento turístico em Fevereiro e apresentaram um crescimento de 10,0%. O mercado britânico (17,5% do total das dormidas de não residentes em Fevereiro) cresceu 4,0% neste mês e 3,2% no conjunto dos dois primeiros meses do ano. As dormidas de hóspedes alemães (12,5% do total) aumentaram 4,6% em Fevereiro. Desde o início do ano, este mercado recuou 1,6%. O mercado espanhol (11,2% do total) apresentou um aumento expressivo de 40,8% em Fevereiro, tendo crescido 33,5% no conjunto dos dois primeiros meses do ano. O mercado francês (8,5% do total) aumentou 6,3% em Fevereiro e 1,7% desde o início do ano. O mercado chinês (1,0% do total), já influenciado pelos efeitos da pandemia COVID-19, apresentou um decréscimo de 54,8% em Fevereiro. No conjunto dos dois primeiros meses do ano, este mercado recuou 10,7%. Destacaram-se ainda os crescimentos registados pelos mercados canadiano (+37,0%) e brasileiro (+29,5%). Desde o início do ano, o realce vai para os mesmos mercados (+37,0% e +17,0%, respectivamente).

A nível nacional, registaram-se aumentos das dormidas em todas as regiões, salientando-se os crescimentos registados no Alentejo (+39,8%), Centro (+28,1%), Norte (+20,9%) e RA Açores (+20,1%). A AM Lisboa concentrou 29,1% das dormidas, seguindo-se o Algarve (22,3%) e o Norte (16,4%).

O INE indica que estes resultados foram influenciados pelo efeito do período de Carnaval, que este ano ocorreu em Fevereiro e no ano anterior ocorreu em Março. Adicionalmente há também que considerar outro efeito de calendário, dado que Fevereiro teve 29 dias em 2020, mais um que em 2019.