ALEP contra corte do apoio às micro e pequenas empresas do Turismo
A ALEP, associação do alojamento local, e todo o setor do Turismo, assume ter sido surpreendida pelo recente Despacho Normativo nº 12/2021, o qual elimina a parcela de apoio a fundo perdido da Linha do Turismo de Portugal de Apoio à Tesouraria das Micro e Pequenas Empresas.
A associação considera assim que numa altura crítica, em que as PME do Turismo estão descapitalizadas, após mais de um ano de uma crise profunda, este corte "é incompreensível" e relembra que também recentemente, o Governo reconheceu a situação crítica do setor e reforçou as medidas de apoio ao Turismo.
Agora, o Governo volta atrás e corta não só o apoio adicional criado, como elimina os 20% de fundo perdido já existentes. O argumento apresentado pelo Executivo para este corte foi o de que o país já se encontra "num contexto de abertura económica" e que, como tal, não faz sentido manter esta parcela não reembolsável. Porém, no próprio texto do despacho, o Governo reconhece que manter o apoio às empresas do Turismo continua a "ser imprescindível na atual fase".
A economia pode estar a reabrir, mas como refere a ALEP "2é do conhecimento público que o Turismo vai demorar ainda a regressar, pois depende do controlo internacional da pandemia e da reabertura das rotas aéreas".
"Acabar com o apoio de forma generalizada e, numa altura em que as empresas mais precisam é, para a ALEP. um erro. Ainda mais tratando-se do segmento de micro e pequenas empresas já por si muito fragilizado pelas consequências económicas da pandemia", sublinha ainda a associação, em comunicado.
Assim, a ALEP não só espera que o Governo reveja esta situação como garante que vai fazer todos os esforços para recuperar este apoio tão necessário nesta altura ainda muito difícil para todos os agentes do Turismo.
Para os dirigentes da ALEP "não faz sentido e não é justo que os operadores turísticos morram na praia por falta de apoio. Principalmente depois de terem nadado tanto para lá chegar", concluem.