
Imagem MVGM
Sustentabilidade redefine o sector imobiliário na Europa e traz novos regulamentos e oportunidades
A MVGM, uma das mais importante empresas de gestão de activos comerciais e residenciais na Europa, onde está presente com 39 escritórios em 8 países, chama-nos a atenção para a crescente importância da sustentabilidade no sector e a profusão de regulamentação a que está sujeita.
O aparecimento de novas regulamentações orientadas para acelerar a transição sustentável está a redefinir profundamente o enquadramento legal do sector imobiliário na Europa, impondo novos desafios e oportunidades para os operadores do mercado. A crescente pressão regulamentar e as expectativas dos investidores e clientes forçam os proprietários e os gestores de activos a adaptarem-se ao novo panorama, de acordo com o “Iberia Property Market Report Q4”, um relatório realizado pela MVGM.
Neste contexto, os regulamentos como a Directiva relativa aos relatórios de sustentabilidade das empresas (CSRD), a taxonomia da UE, o Regulamento relativo à divulgação de informações financeiras sustentáveis (SFDR), a Directiva relativa ao desempenho energético dos edifícios (EPBD), a Directiva relativa à diligência devida em matéria de sustentabilidade das empresas (CS3D) e os certificados de economia de energia (ESC) estão a definir o mercado comercial e residencial.
No domínio da sustentabilidade, empresas como a MVGM possuem certificações como o BREEAM, LEED e WELL:
BREEAM: foca-se na eficiência energética, gestão da água, materiais sustentáveis e redução de resíduos, alinhando-se com os requisitos da Taxonomia da UE e da EPBD.
LEED: avalia a eficiência energética, a utilização de materiais sustentáveis e a qualidade do ambiente interior, ajudando a cumprir regulamentos como o SFDR e o CSRD.
WELL: centra-se no bem-estar e na saúde dos ocupantes dos edifícios para promover padrões de qualidade do ar, iluminação e conforto térmico, contribuindo para a dimensão social dos ESG.
Cristian Guzman, Director da ESG Europe, explica que "as certificações ambientais desempenham um papel fundamental para tornar os activos imobiliários mais atractivos e resistentes a futuras mudanças no mercado. Num contexto em que a sustentabilidade se está a tornar um factor determinante cada vez mais importante nas decisões de investimento, a existência de normas reconhecidas deste tipo não só facilita o cumprimento, como também acrescenta valor tangível ao sector imobiliário”.
“Sustentabilidade ainda está em desenvolvimento...”
O novo quadro regulamentar apresenta novos desafios a considerar pelo sector imobiliário e a recolha e a comunicação de dados ESG (ambientais, sociais e de governação) constituem um esforço adicional, tanto para os proprietários como para os gestores.
O objetivo de alcançar uma maior eficiência energética também requer investimentos que podem ser significativos, embora os CAE ofereçam benefícios financeiros. Tendo em conta que a regulamentação europeia relativa à sustentabilidade ainda está em desenvolvimento, é necessário um acompanhamento contínuo para garantir o seu cumprimento.
No entanto, estas alterações regulamentares proporcionam uma série de benefícios para o sector imobiliário:
Aumento da atratividade para investidores e inquilinos: os edifícios com certificações energéticas e relatórios ESG robustos geram mais procura no mercado.
Acesso a financiamento sustentável: o alinhamento com regulamentos como o CSRD e a Taxonomia da UE facilita o acesso a fundos e incentivos financeiros.
Redução dos custos operacionais: A implementação de medidas de eficiência energética reduz o consumo e, consequentemente, os custos operacionais.
Conformidade regulamentar e vantagem competitiva: a preparação permite às empresas manterem-se à frente dos futuros requisitos regulamentares.
"O sector imobiliário na Europa encontra-se num ponto de viragem. A adoção destes regulamentos não só responde a um requisito regulamentar, como também representa uma grande oportunidade para melhorar a eficiência, reduzir o impacto ambiental e gerar valor a longo prazo para os investidores e clientes", conclui Cristian Guzmán.