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Preços das casas em Portugal subiram 9,7% em 2022 - dizem o Doutor Finanças e a Alfredo

10 de janeiro de 2023

O Doutor Finanças, especialista em finanças pessoais e familiares, em conjunto com a Alfredo, plataforma de Inteligência Artificial que recolhe dados do setor imobiliário, acabam de divulgar o balanço dos dados imobiliários de 2022.  Segundo as duas empresas, o preço das casas em Portugal aumentou 9,7% no ano passado, tendo os imóveis residenciais sido transaccionados a um valor médio de 2.066 euros por metro quadrado.

Segundo o estudo, “No ano passado, a subida de 9,7% dos preços foi acompanhada por uma diminuição significativa da oferta. Em Dezembro de 2022, havia 157.593 imóveis disponíveis no mercado, o que traduz um decréscimo de 17,57% face ao final do ano anterior. Este valor compara com o pico de 267.349 atingido em maio de 2020, mês em que se registou a maior oferta”.


Preços só caíram na Guarda. Évora apresenta o maior aumento

A Guarda foi a única capital de distrito a registar uma queda anual no preço das casas. Em Dezembro, naquela cidade, os imóveis residenciais foram transaccionados a um valor médio de 411 euros por m2, o que representa uma descida de 17,8% face ao mesmo mês do ano anterior. Paralelamente, foi também dos distritos em que o tempo médio disponível no mercado foi mais elevado.

Por outro lado, a maior subida de preços foi registada em Évora, onde se assistiu a um aumento anual de 36,9%.



Moradias valorizam mais que apartamentos

No ano passado, diz o estudo, “o preço das moradias transaccionadas em Portugal aumentou 13%”, face ao aumento de 9,3% observado no segmento de apartamentos. Ainda assim, estes últimos estavam a ser vendidos a um preço médio de 2.850 euros por m2, mais do dobro dos 1.130 euros por m2 das moradias.

No caso dos apartamentos, Évora foi o município que registou o maior aumento anual (32%) e, simultaneamente, o tempo de absorção mais baixo (60 dias), seguido do Funchal e Setúbal.

No polo oposto, foi em Lisboa que o preço dos apartamentos menos aumentou face a 2021 (6%), e em que o tempo de venda se manteve entre os mais elevados a nível nacional (133 dias).


Évora, Portalegre e Leiria lideram subidas em dezembro

Considerando apenas o último mês do ano passado, o Índice de Preços Alfredo aponta para uma descida dos preços médios dos imóveis residenciais de 0,5%, com o valor dos apartamentos a subir 0,5% face a Novembro e o das moradias 0,2%. Esta aparente divergência resulta da diminuição significativa do número de apartamentos transaccionados e considerados na análise, que, pelo seu peso, em termos de preço, no índice, cria alguma distorção na evolução mensal global.

Évora, Portalegre e Leiria foram os municípios onde os preços mais aumentaram em Dezembro, com acréscimos de 5,8%, 5,1% e 4,6%, respectivamente.

No que se refere à oferta, Lisboa foi a capital de distrito com o maior número de apartamentos no mercado, enquanto Portalegre apresentou a menor oferta e o preço mais baixo.

Já no caso das moradias, o Porto foi a capital de distrito com mais oferta em Dezembro. Os preços mais altos, porém, foram mais uma vez observados na capital, onde as moradias foram transaccionadas a um preço médio de 425 mil euros, contrastando com a Guarda, que viu estes imóveis serem vendidos por 50 mil euros, em média.

O Índice de Preços Alfredo reúne informação de vários portais públicos de listagem e sites de agências imobiliárias com dados de transacção que são posteriormente trabalhados utilizando algoritmos avançados de Inteligência Artificial, o que permite caracterizar a realidade do mercado imobiliário em Portugal. O Doutor Finanças é parceiro da Alfredo no relatório emitido com dados em tempo real