
New Bond Street, em Londres
New Bond Street, em Londres, é agora o destino de compras mais caro do mundo
A New Bond Street, em Londres, onde as rendas subiram 22% no último ano, para 20.482 euros por metro quadrado por ano (euros/m2), foi eleita pela primeira vez como o destino de comércio mais caro do mundo, segundo a Cushman & Wakefield (NYSE: CWK).
A rua londrina ultrapassou a Via Montenapoleone, em Milão (20.000 euros/m2/ano), que no ano passado se tornou a primeira rua europeia a liderar o ranking global, e a icónica Upper Fifth Avenue, em Nova Iorque (18.359 euros/m2/ano), na 35ª edição do relatório de referência da empresa sobre o comércio a retalho, intitulado «Main Streets Across the World».
Com base em dados exclusivos da Cushman & Wakefield, o estudo analisa os arrendamentos mais elevados em 141 localizações urbanas premium em todo o mundo muitas delas ligadas ao setor do luxo e inclui um índice global que classifica os destinos mais caros por mercado.
“O crescimento das rendas na New Bond Street tem sido impulsionado pela forte procura, oferta limitada e investimento contínuo no espaço público, reforçando o seu estatuto como destino global de retalho”, afirma Duncan Gillard, diretor de retalho da Cushman & Wakefield para o centro de Londres. “A zona de joalharia entre Clifford Street e Burlington Gardens, em particular, tornou-se um dos locais mais cobiçados levando muitos ocupantes a garantir contratos de longo prazo com condições favoráveis para assegurar a sua posição neste local”.
Robert Travers, director de retalho da EMEA na Cushman & Wakefield, acrescentou: “O apelo duradouro das principais ruas do mundo reside na sua combinação única de património, visibilidade e prestígio cultural. Estes corredores icónicos são mais do que destinos de compras; são palcos globais para a narrativa das marcas, expressão arquitetónica e envolvimento dos consumidores. Garantir um espaço nestas ruas é um desafio que exige abordagens inovadoras para desbloquear novas oportunidades”.
Chiado consolida a sua posição como principal rua de comércio em Portugal e mantém-se entre as 30 mais prestigiadas a nível mundial
Na edição deste ano do relatório, o Chiado consolida a sua posição como a artéria comercial mais importante de Lisboa e de Portugal, mantendo o 30.º lugar do ranking mundial das principais ruas de comércio. Esta zona histórica e emblemática da capital continua a ser um dos pontos turísticos mais visitados e uma das áreas com maior fluxo pedonal, combinando de forma única tradição e modernidade.
A elevada procura por espaços comerciais e a escassez de oferta tem impulsionado a reabilitação e reposicionamento de edifícios históricos. Um exemplo é a recente abertura da Well’s Chiado, na Rua Garrett, a maior loja de beleza e bem-estar do país, com 1.500 m² distribuídos por três pisos. Esta dinâmica de renovação tem respondido diretamente à procura crescente, sobretudo nas ruas perpendiculares à Rua Garrett, refletindo-se na valorização das rendas desde 2022.
Para João Esteves, Partner e Diretor de Retalho da Cushman & Wakefield em Portugal: “Localizado no coração de Lisboa, o Chiado afirma-se como o destino de retalho mais emblemático em Portugal. As prestigiadas Rua Garrett e Rua do Carmo, as mais procuradas pelos retalhistas, reúnem a maioria das marcas nacionais e internacionais de referência. Esta zona conta com 42% dos espaços dedicados à moda e uma proposta pensada para um público jovem e cosmopolita. Entre a cultura, o lazer e o estilo, o Chiado destaca-se como uma zona trendy e vibrante, onde a moda, a sofisticação e a autenticidade lisboeta se encontram, oferecendo uma experiência única e consolidando-se como o principal destino de compras e lifestyle do país”.
Globalmente, as rendas registaram um crescimento médio de 4,2%, com 58% dos mercados a apresentar aumentos. As Américas lideraram o crescimento regional, com uma subida de 7,9%, impulsionada sobretudo pelos efeitos cambiais na América do Sul. A Europa manteve um crescimento sólido de 4% face ao ano anterior, destacando-se os desempenhos de Budapeste e Londres. Já na Ásia-Pacífico, o ritmo abrandou para 2,1%, com o forte crescimento na Índia e no Japão a ser compensado pelas dificuldades económicas na Grande China e no Sudeste Asiático.
Perspectivas
A consultora revela que os destinos de retalho de primeira linha continuam a superar as tendências gerais do mercado, mostrando resiliência face à incerteza económica e às mudanças no comportamento do consumidor. Apesar das taxas de juro se manterem elevadas, a pressão inflacionária está a abrandar e os bancos centrais sinalizam a possibilidade de novos cortes. Este cenário, aliado à estabilização da confiança do consumidor, ao crescimento dos salários reais e à recuperação do turismo internacional, deverá sustentar o bom desempenho do sector no próximo ano.













