
Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT - Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo
Macau despede-se de mais um congresso da APAVT e o adeus de Pedro Costa Ferreia
O 50º congresso da APAVT - Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo despede-se de Macau, a cidade chinesa que mais congressos recebeu desta associação - foi o sexto realizado em terras macaenses -, e naquele que foi a despedida de Pedro Costa Ferreira à frente dos destinos da APAVT.
Num ano em que celebra 75 anos de existência, a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, viveu nestes quatros dias um dos maiores momentos da sua história com a maior participação de sempre de congressistas.
Na cerimónia de encerramento e na sua despedida da APAVT, Pedro Costa Ferreira, deixou alguns recados aos políticos do nosso país. Entre eles, lembrou que o país precisa de imigrantes, mas que atingiu nesta matéria o pior de dois mundos, não conseguindo nem controlar a sua entrada, nem acolhê-los como merecem. Lembrou que precisa de crescimento económico, mas que não o quer discutir nem planear. Que precisa de infraestruturas aeroportuária e ferróviária, e se perdeu no labirinto das decisões, tentando apenas agora, acertar o passo. Referiu ainda que o país precisa de voltar a pensar e se perdeu no populismo fácil, na grosseria vulgar e na indigência intelectual. Que precisa de olhar para o futuro das novas gerações e que as carrega com os fardos dos actuais erros e omissões. Não esqueceu o aeroporto que foi planeado para daqui a dez anos, e no entanto, os governantes não conseguem colocar polícias nas boxs do que ainda existe.
"Nas cidades, queremos ter um papel importante na organização da mobilidade, que corresponda à mais-valia que aportamos, no mínimo que corresponda às taxas turísticas que os nossos clientes pagam, sem qualquer controlo, escrutínio ou regra, não queremos ser vistos como intrusos. No corporate, queremos parar a insuportável discriminação por parte das companhias aéreas, que continuam a aceitar os cartões de crédito dos nossos clientes, e a recusar os nossos. De uma vez por todas, aceitem antes que o consumidor é quem escolhe", salientou no seu discurso.
Na defesa do consumidor, defendeu que querem continuar a trajectória de cooperação com a DECO, com a ASAE e com a ANAC. "Na Ectaa, a nossa confederação europeia, queremos manter a importante intervenção actual e preparar novas formas de colaboração", esclareceu.
Nas palavras finais, Pedro Costa Ferreira, anunciou ainda que a APAVT vai inaugurar uma nova sede, "que fizemos questão que não nos fosse oferecida pelo Estado, foi comprada com o nosso dinheiro. Estaremos com isso mais próximos dos nossos associados e mais efectivos na defesa dos interesses do sector. A APAVT vai continuar a crescer e a aumentar a sua influência, espelhando com isso o crescimento do sector e o aumento da influência do sector na economia portuguesa", concluiu.
O congresso despede-se assim de Macau mas esta cidade asiática vai continuar a ligação a Portugal ao ser distinguida como "Destino Preferido' de 2026.
Como anunciado, o próximo local escolhido para a realização do 51º congresso APAVT é Marraquexe, em Marrocos, que irá acontecer entre os dias 5 e 8 de Dezembro de 2026.
*O Diário Imobiliário viajou até Macau a convite da APAVT - Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo.












