Logo Diário Imobiliário
CONSTRUÍMOS
NOTÍCIA
JPS Group 2024Porta da Frente
Actualidade
Lisboa no 7º lugar do ranking das cidades onde os  preços das casas mais subiram a nível mundial

 

Lisboa no 7º lugar do ranking das cidades onde os preços das casas mais subiram a nível mundial

6 de maio de 2025

Preço médio da habitação nas principais cidades continua a evoluir em 2025. Lisboa ocupa o sétimo lugar do ranking das 44 cidades, analisadas, a nível mundial, pela Knight Frank nos primeiros quatro meses do ano.

O Prime Global Cities Index, agora divulgado pela imobiliária com sede em Londres e escritórios em cinco continentes, empresa parceira da portuguesa Quintela + Penalva, desde 2021, revela que o crescimento médio dos preços nas 44cidades analisadas subiu 2,8% no primeiro trimestre de 2025. Embora se trate de um ligeiro abrandamento em relação ao 4.º trimestre de 2024, há mercados em forte crescimento. É o caso das cidades localizadas nos mercados asiáticos e no Médio Oriente.

A Ásia-Pacífico e o Médio Oriente continuam a liderar a recuperação. Seul está em destaque, com um crescimento robusto de dois dígitos de 18,4%, impulsionado pelo aumento da riqueza e pelo aumento da atividade institucional no segmento residencial de luxo. Com a expectativa de que o iene se fortaleça até 2025, Tóquio continuou a ver a procura externa influenciar o preço no mercado residencial.

Já o Dubai, após uma forte desaceleração em 2024, estabilizou e está, este ano, a crescer, também, a dois dígitos. Embora a Ásia tenha muitos desempenhos fortes em termos de crescimento de preços, alguns dos principais mercados chineses, como Guangzhou e Pequim, estão a lutar para ver um crescimento positivo.

Cidades de Estocolmo e Lisboa são as que mais crescem

O estudo mostra ainda que por sua vez, as cidades europeias apresentam resultados mistos, com alguns mercados, como Estocolmo e Lisboa a crescer significativamente. Há outros, no entanto, incluindo Londres e Viena, que apresentam um crescimento mais lento ou ligeiros declínios. Em 2024 Lisboa liderou o crescimento de preço na Europa, tendo crescido 5,7%, à frente de cidades como Madrid, 5,5%, Dublin, 4,7% ou Zurique, 4,3%.

Na opinião dos responsáveis pelo Prime Global Cities Index “o sentido das taxas de juro continua a ser um fator crucial para a evolução dos preços. Embora a inflação tenha diminuído em muitas economias importantes, a política tarifária dos EUA criou um cenário para uma volatilidade futura significativa. Nesse sentido, existe a possibilidade para que as pressões desinflacionárias aumentem fora dos Estados Unidos da América, mas aqui, estão perante um risco de uma inflação mais elevada. Embora as expectativas de cortes nas taxas de juro tenham aumentado fora dos EUA, é necessária uma maior clareza sobre o ritmo e a extensão de futuros cortes antes de se assistir a uma subida significativa dos preços na maioria dos mercados imobiliários”.

Em Portugal, por sua vez, explica Carlos Penalva, sócio fundador da Quintela + Penalva l Knight Frank, “tem-se verificado o contrário. Ou seja, no caso de Portugal, as descidas de taxas de juros, a grande instabilidade geopolítica internacional, a transferência de activos financeiros para activos reais tem explicado o aumento dos preços”. Por outro lado, acrescenta, “tem aumentado a procura por investimento imobiliário”.

Carlos Penalva refere ainda que este relatório permite concluir que "estamos perante um cenário de uma evolução positiva dos preços na maioria dos mercados imobiliários globais e, em Portugal, em especial. A baixa oferta de produto, combinada com a mudança prevista para taxas de juro mais baixas e a elevada procura, deverá reforçar a confiança dos compradores e permitir uma sustentação dos preços ao longo de 2025”.