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Habitação by century 21

 

Saiba quais os bancos mais competitivos no crédito à habitação

1 de julho de 2022

Conhecer o perfil de quem recorre ao crédito à habitação e saber quais os bancos mais competitivos, foram os temas analisados pelo Barómetro do Crédito Habitação 2022 do ComparaJá.

Tendo por base os dados dos últimos 7.000 utilizadores do ComparaJá.pt, o portal de comparação financeira, entre as principais conclusões desta edição do Barómetro do Crédito Habitação realizado pelo ComparaJá destacam-se:

-  Finalidade: 80% dos créditos solicitados são para aquisição de um imóvel e os restantes são para construção e transferência. Existe ainda uma percentagem, embora que residual, correspondente a crédito hipotecário;

-  Prazo: Quatro em cada 10 créditos têm uma maturidade compreendida entre 36 e 40 anos, sendo este o intervalo de duração mais escolhido. Por sua vez, poucos são os créditos (cerca de 5%) que têm uma duração de apenas até 15 anos.

- LTV: A grande maioria dos portugueses necessita de uma ajuda quase total dos bancos, sendo que 66,8% dos portugueses solicitaram um LTV correspondente a 90%. Por sua vez, o segundo LTV mais solicitado foi o do intervalo de valores entre os 80% e os 89%.

-  Idade: Quase metade (49%) dos proponentes têm idades entre os 26 e 35 anos, sendo que os consumidores com idades superiores aos 40 anos representam apenas 25% do total.

- Prestação: Mais de ⅓ dos portugueses (34%) tem uma mensalidade inferior a 400 euros. Ainda assim, cerca de 29% tem uma prestação compreendida entre os 400 e os 549 euros. Quais os bancos mais competitivos? Por sua vez, com base no universo dos 7 mil utilizadores que recorreram ao serviço de comparação de Crédito à Habitação do ComparaJá.pt no primeiro semestre de 2022 para obter propostas das diferentes instituições bancárias, o portal de comparação distinguiu os bancos mais competitivos em seis categorias.

Bancos mais competitivos

Os bancos que se destacaram pela competitividade das propostas apresentadas aos utilizadores do ComparaJá.pt nesta edição do “Barómetro do Crédito Habitação” foram:

- Crédito Habitação para Aquisição: Santander

- Crédito para Construção: Caixa Geral de Depósitos

- Crédito Habitação com Taxa Fixa: BPI

- Transferência de Crédito Habitação: Santander

-  Processo mais rápido no Crédito Habitação: Millennium BCP

Na determinação da instituição distinguida nas categorias de “Crédito Habitação para Aquisição”, “Transferência de Crédito Habitação” e “Crédito para Construção”, o ComparaJá.pt considerou apenas as propostas que cumpriram os seguintes critérios: Finalidade de Aquisição de Habitação Própria e Permanente; Taxa Variável (indexada à Euribor); Montantes de financiamento iguais ou superiores a 50.000 euros; Prazo igual ou superior a 10 anos.

Já no apuramento da instituição distinguida na categoria de “Crédito Habitação com Taxa Fixa” os critérios considerados foram: Finalidade de Aquisição de Habitação Própria e Permanente; Taxa Fixa com prazo igual ou superior a 20 anos, Montantes de financiamento iguais ou superiores a 50.000 euros.

Por sua vez, na determinação do banco distinguido na categoria de “Processo mais rápido no Crédito Habitação”, isto é, o processo de contratação do crédito habitação mais célere desde o momento em que o cliente pede uma proposta até ao momento em que montante solicitado fica efetivamente disponível na sua conta bancária, foram tidas em conta três dimensões: Média dos processos mais rápidos; Média do total de processos; Média dos processos mais lentos.

Portugueses preferem os imóveis novos à construção

Quase todos os portugueses pedem crédito habitação com o fim de adquirir casas já construídas, optando pela solução “chave-na-mão” no que toca ao crédito imobiliário. São 80% os que optam por esta modalidade, conforme os dados dos 7 mil consumidores que recorreram ao ComparaJá.pt no primeiro semestre de 2022.

Por outro lado, o número de portugueses que solicitaram um crédito para construir um imóvel é bastante semelhante (cerca de 8% para cada) ao número de portugueses que quis transferir o respetivo crédito habitação para outra instituição bancária, conquistando assim algumas vantagens e melhores condições.

Comparados com o ano passado, os números de 2022 demonstram uma redução na procura do crédito para construção visto que no mesmo período do ano passado a percentagem de pedidos para construção de um imóvel era de 18%. Esta situação pode ser explicada tendo em conta a inflação e o natural aumento dos preços dos materiais de construção.

Portugueses gastam, em média, 186 mil euros na compra de casa

Analisando os dados do portal de comparação, é possível perceber o constante aumento do preço das casas em Portugal. Um dos dados que nos mostra esse aumento é o valor médio solicitado para a aquisição de casa.

No primeiro semestre de 2021, este valor era de 138 mil euros e no mesmo período deste ano aumentou cerca de 50 mil euros, sendo agora correspondente a 186 mil euros. Ainda assim, os portugueses, na sua grande maioria (56%), não vão além dos 174.999 mil euros gastos numa nova habitação.

Nesta óptica, é possível perceber que apenas um em cada dez imóveis adquiridos com recurso a crédito habitação tem um valor inferior a 75 mil euros. Por sua vez, e comparativamente com 2021, os três escalões de casas mais elevados aumentaram consideravelmente (valores a rondar quase os 10 %).

Mais de metade dos consumidores precisam do financiamento máximo permitido

No que diz respeito ao rácio financiamento/valor de garantia ou valor de escritura dos pedidos de financiamento é possível perceber que o número de famílias que pretendem um loan-to-value (LTV) de 90% é claramente a maior realidade em Portugal.

Com o aumento geral dos preços das casas e com a redução dos anos de duração dos créditos habitação, estes dados sofreram alterações significativas e os portugueses hoje precisam, cada vez mais, da ajuda e do apoio dos bancos.

Média dos contratos fixa-se nos 33 anos

Já no que diz respeito aos prazos dos pedidos de crédito habitação, a maioria das famílias (60%) está a solicitar empréstimos a mais de 30 anos, sendo que 42% dos portugueses ultrapassam os 36 anos. Estes valores são justificados (e consequentemente controlados) pelas indicações do Banco de Portugal que, nas suas medidas macroprudenciais, estabelecem novos limites para o um limite de 40 anos no crédito habitação no passado mês de Abril.

Neste sentido, é importante realçar os esforços que a banca tem realizado para as directrizes do Banco de Portugal no que aos prazos do crédito habitação diz respeito. Por sua vez, a maturidade média dos empréstimos solicitados pelos utilizadores do ComparaJá.pt está nos 32,5 anos.

Consumidores ‘só’ compram casa depois dos 30

Se, por um lado, e há alguns anos, a compra de casa era vista quase como um dos principais (e primeiros) passos relativamente à entrada na vida adulta, a verdade é que são poucos os portugueses que compram casa antes de terem 30 anos. Segundo os dados do ComparaJá.pt apenas 2 em cada 10 créditos habitação são contratados por pessoas com menos de 30 anos, sendo que quase metade das casas são compradas por pessoas com idades compreendidas entre os 30 e os 40 anos.

Desta feita, quase 30% dos utilizadores do serviço de crédito habitação do portal de comparação têm idades compreendidas entre os 31 e os 35 anos, enquanto quase 18% recorre a financiamento imobiliário entre os 36 e os 40 anos. É ainda importante realçar que 25% ainda compra casa com crédito depois dos 40.

Receber reforma e pagar o crédito habitação ao mesmo tempo será uma realidade em Portugal

Pode parecer estranho mas a verdade é que a grande maioria dos portugueses estará a pagar uma prestação ao banco e a receber reforma ao mesmo tempo. De acordo com os dados do ComparaJá.pt, conclui-se que apenas 21,86% dos portugueses conseguirá pagar a totalidade do crédito antes de entrar na idade da reforma. Aliás, quase 50% dos portugueses (mais especificamente 47,07%) só acabará de pagar o crédito habitação depois dos 70 anos.

Famílias pagam, em média, 575 euros de crédito habitação

O valor médio que os portugueses pagam nos mais recentes contratos de crédito habitação fixa-se nos 575 euros, segundo os dados avançados pelo ComparaJá.pt.

Sendo que quase 30% das famílias que utilizaram os serviços do ComparaJá.pt pagaram uma mensalidade entre os 400 e os 549 euros, os números de 2022 são muito diferentes dos números de 2021, verificando-se, desta forma, um aumento no número de famílias a pagar as prestações mais elevadas.

Rendimento médio dos proponentes superior à média nacional

De acordo com os números da PORDATA para 2020, o salário médio de um português por conta de outrem ficou-se pelos 1041,99 euros. Números esses que são inferiores ao rendimento médio dos proponentes de crédito habitação que recorreram ao ComparaJá.pt, que ascende aos 1453.3 euros. No entanto, é de realçar que uma grande parte dos pedidos de crédito habitação (37%), mais de um terço, continuam a ser de consumidores cujo rendimento vai até aos 1.000 euros por mês.

Taxas de esforço apresentam números semelhantes entre si

Segundo o ComparaJá.pt, intermediário de crédito que presta um serviço gratuito aos portugueses, e numa análise em que os valores das taxas de esforço foram agrupados em cinco classes, é possível perceber que não existe uma taxa de esforço que se destaque das restantes. Tirando uma delas que por recomendações do Banco de Portugal acaba por ser menos praticada - a taxa de esforço superior a 40% -, as restantes classes acabam por ter números muito semelhantes, sendo que a maior diferença existente é de apenas 5%. Este é um tema relevante e cada vez mais sujeito a alterações tendo em conta as constantes oscilações no sistema financeiro e bancário português.

Por taxa de esforço, entende-se o rácio entre as obrigações de crédito que o agregado tem e os rendimentos que aufere. Idealmente, a taxa de esforço deverá ser igual ou inferior a cerca de ⅓ dos rendimentos de cada família de forma a que, face a alterações nas condições socioeconómicas, como poderá ser o desemprego ou doença prolongada, não haja lugar a eventuais incumprimentos.